A dor de Mathias é cada vez mais latente pela ausência das filhas e, por esses caprichos da vida, ele encontra Wyn e sua história problemática com seus meninos que o acompanham através da fotografia, a representação de uma presença nostálgica e não mais possível, não pela morte, mas por seus atos que o condenaram a essa espécie de limbo em que se confinou. Um isolamento tão semelhante ao de Mathias que foi impossível ele não se solidarizar, criar empatia, até apostar na inocência diante de tudo.

No mais, foi o caso que mais gostei até aqui. Mais uma problematização sobre a ideia de justiça com as próprias mãos, sendo que nesse caso essa noção nem caberia. É triste ver como se tentou isolar a criança dos males do mundo e eles estavam adormecidos dentro de sua própria casa, no espírito falseado do pai que escondia certo sadismo disfarçado de cuidado.