Essa temporada está sendo muito bem construída e conduzida. Birgitte deixando o cargo é uma reviravolta surpreendente, ainda mais pela maneira seca que se deu a sequência final - ela fazendo o anúncio, saindo ser responder perguntas, pegando as coisas e deixando a sala -, mas faz completo sentido com todo o plot dela nessa temporada, especialmente com os conflitos se somando, tanto na vida pessoal, tanto no trabalho. A questão da filha foi apenas a faísca que acendeu essa bomba que estava prestes a explodir.

O núcleo jornalístico sempre foi um dos atrativos da série. Porém, nessa temporada vem se destacando ainda mais por apresentar mais de um lado, mostrando que, enquanto existem profissionais sérios como Katrine, que não está disposta a noticiar tudo sobre qualquer pretexto, há também um Laughesen, que não se importa em invadir a vida pessoal dos outros desde que isso lhe garanta notícia – e, claro, atinja seus adversários.

A discussão sobre o sistema de saúde também foi um baita acerto aqui. Impressionante como certos assuntos continuam relevantes, mesmo após 10 anos da série ter ido ao ar.

Triste ver esse tipo de jornalismo barato, que invade a vida privada das pessoas sem se preocupar com as consequências.

Esse episódio foi de partir o coração. Eu fiquei devastada pela exploração da doença Laura e da exposição que fizeram da vida privada da Birgitte. Gente, um absurdo esse jornalismo barato que não se importa com a vida e o bem estar das pessoas. Revoltante ver a foto da Laura estampada na capa do jornal. Pior foi ver que o hospital iria mandá-la embora porque estava afetando os demais pacientes. Imagina o estrago que essa mudança faria na recuperação da Laura!

Esse final com a Birgitte saindo de licença do cargo foi o ápice. Não via outra alternativa e ao mesmo tempo foi triste demais vê-la ter que fazer isso.

Imprensa marron, jornalismo canalha.. e paparazzi..tem no mundo inteiro.. mas, aqui tem mais..