Aqui tivemos personagens agindo por interesses pessoais até mesquinhos de maneira bem construída.

Aqueles episódios que super parecem fillers, mas que além de serem ótimos, são importantes pra história dos personagens.

A série mergulhou num caminho tão bom abordando geopolítica, que eu até tinha esquecido se tratar de um sci fi. Mas bom ver a parte ficção científica recebendo mais atenção aqui, especialmente porque veio carregado de dilemas morais e até mesmo questões de fé.

Não há apenas a discussão de uma vida valer pela de oito mil, mas o que acontece aqui testa até as próprias convicções de Kira, que acredita fielmente em um destino separado para cada um, o que leva a um questionamento ainda mais profundo. Sendo a única pessoa, além da colônia, que estava com a vida em jogo pela decisão da Defiant, a opinião de Kira não seria a que deveria valer no final? O que Odo mais velho fez, indo contra a vontade dela, não seria um tremendo egoísmo, ainda mais a custa de praticamente um genocídio? Deixaram-se boas pontos para serem abordadas, como qual o impacto dessa atitude na relação deles, ainda mais com os recém descobertos sentimentos, e se Kira não acabará descontando isso no Odo mais jovem.

É tão comum histórias sobre linhas temporais usarem essa narrativa de que uma mudança no futuro faz algo do passado desaparecer, mas isso é tão sem sentido. De qualquer forma, foi um bom episódio.