Six Feet Under- 5x9 - Ecotone | 9.52 |
5x8 | |
Exibido em: 31-Jul-2005
Ultima edição: matheus | Editar minissinopse |
Nada mais angustiante do que esperar! Gostei do modo como eles construíram a morte do Nate. Sua morte não foi algo inusitado como sempre a série abordava nos inícios dos episódios. Morreu na cama de um hospital. Nada mais clichê, nada mais comum e verdadeiro. Nate não era um herói, por isso, sua morte deveria ser comum. Sabemos da capacidade dos roteiristas, se eles quisessem uma morte teatral, catártica, que fizesse todos chorarem eles iriam construir desse modo. Mas, nessa morte eles mostraram o objetivo de toda a série: mostrar que morrer é tão natural quanto viver. Morre-se ao ir dormir, ao dirigir, ao tomar banho, ao entrar no mar, depois do sexo... enfim, morre-se e pronto.
Seria aquela viagem ao mar, uma alucinação do Nate ou sonho do David?
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Ecotone, a transição entre dois "biomas": a vida e a morte.
Bem sacado o nome do episódio.
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Vejo que na maioria dos comentários as pessoas estão reclamando de como o Nate foi babaca nessa última temporada, porém, a verdade, é que o Nate sempre foi um babaca. Não foi a primeira vez que ele traiu alguém, não foi a primeira vez que ele fugiu dos problemas, ou das pessoas, quando encontrou alguma dificuldade. O personagem (desde o começo, foi mostrado bem claro) era um covarde, medroso, porém charmoso, sensível, e acima de tudo infeliz. Não importava como a vida estava, ele era infeliz independente da situação. Ele sempre encontrava algo pra por defeito, ele nunca conseguia criar conexões verdadeiras com as pessoas, exceto com sua família, que mesmo assim, às vezes fugia dela quando surgia a oportunidade. Nem quando aceitou a Maya ele encontrou a redenção e a plenitude que tanto procurava, apesar de amá-la mais do que tudo. E sabe de uma coisa? Isso acontece. Isso era parte dele e simplesmente tem pessoas que não nasceram para viver (no sentido total da palavra).
O Nate tinha tanto medo de estar vivo tanto quanto ele tinha de estar morto, e isso foi muito bem trabalhado durante toda a série. Todos os sonhos, alucinações, seja com o pai falecido, seja com os outros mortos, refletia a alma perturbada que ele tinha. Suas escolhas construíram o caminho e a pessoa que ele se tornou, que o levou a esse momento. Não tinha outra forma de terminar sua história, até por que, essa é a única forma de verdadeiramente terminar uma história, uma jornada. O Nate era o grande protagonista, mas ele nunca foi um herói, muito pelo contrário, ele era humano. Os escritores foram dizimando aos poucos para os telespectadores a morte do Nate, deixando-nos aceitar e digerir de uma forma muito fria e crua, e simples, não tendo um verdadeiro impacto, não tornando-a teatral, não deixando o telespectador derramar uma lágrima sequer. Por que no fundo, depois de todas as escolhas erradas que o Nate tomou, ficamos aliviados com a morte dele. Em um episódio ele estava bem, no outro passando por uma cirurgia e de repente, ele estava morto. Tudo foi retratado muito simples, e rápido, como a morte acontece. Como a vida é em si. E uma série, deixar esse sentimento em torno de um personagem que uma vez já foi amado por todos é simplesmente incrível, e devo dizer, um dos melhores feitos na televisão. Nos mostra que tudo que a gente é e será, já está dentro de cada um de nós, mas as nossas escolhas e nosso jeito de encarar a vida pode determinar TUDO. Que mensagem maravilhosa. O Nate com toda a certeza entrou na minha lista de personagens mais bem construídos de toda a história da TV.
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Nate estava tão desesperado pra começar uma vida nova ao lado da Maggie, que nem se importou em sair magoando os outros, vulgo sua esposa grávida. Isso é de um tremendo egoísmo.
Fiquei com pena da Ruth. Imagina o lixo que ela vai se sentir por não ter acompanhado os últimos momentos do filho? Claro, ela não poderia ter feito nada para salvá-lo, mas deve ser dolorido. Me fez lembrar da fala da Brenda, acho que foi na primeira temporada, quando ela diz que pais perderem os filhos é tão horrível, que nem há nome para isso. ps.: Eu pensei que a Lisa era a personagem mais chata da série. Mas, Maggie venceu essa. Voz de sonsa, cara de sonsa, atitudes de biscate.
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Quando a série começou, Nate estava fugindo da morte. No final, ele parou de lutar; no sonho, ele pulou na água, e achou que era quente e acolhedor. Em seu último dia na terra, Nate era tão calmo e tranquilo. Era quase como se ele tivesse entrado em curto, como se seu corpo tivesse explodido e sua mente estivesse sido limpa. Ele encontrou a paz antes da morte. Ou ele encontrou a paz, e isso o levou à morte.
O ônibus da morte veio na forma da camionete da família, com Nathaniel na roda - a mesma van que Fisher & Sons sempre usavam para transportar corpos. Esse sonho, o que quer que fosse, foi tão comovente. Nathaniel disse: "Am I going to have to separate you boys?" e que foi exatamente o que aconteceu. A morte levou Nate de David. De muitas maneiras, a morte de Nate foi uma repetição do episódio piloto; o pai se torna o filho, e o filho, o pai. A história começou quando Nate e Brenda se conheceram no aeroporto, e Nate terminou com Brenda antes de morrer. Nate disse para o Rico sobre o ecotone, a área onde dois mundos ecológicos sobrepõem. Como Ruth no deserto, e Nate no hospital. Como a vida e a morte. Durante este episódio, Nate era uma espécie de limbo entre a vida e a morte, no ecótono espiritual. Ruth se perdeu, literalmente e figurativamente, e perdeu as últimas horas de vida de seu filho. Ela finalmente entrou no ônibus da morte, também, que a trouxe de volta a partir do deserto para a civilização. A tragédia também traz o pior e o melhor das pessoas e Ted acabou por se demonstrar ser um cara e tanto. Ele estava lá para a Claire segurando-a emocionalmente, fazendo perguntas práticas, mas não inserindo-se. Muita coisa para alguém que mal conhecia. Claire e Ted podem ser opostos politicamente mas ambos tem algo em especial, e a morte de Nate pode ter dado a Claire um presente inesperado na forma de um parceiro para a vida toda.
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