Escrito por: Leonardo Markana
Nos últimos anos temos visto uma espécie de segunda chance para obras literárias que nunca tiveram a força necessária para conseguir conquistar seu espaço no cinema, sendo elas agora abraçadas pela televisão e o streaming. Em uma era que Hollywood se encontra voltando atrás e adaptando obras literárias esquecidas pelo grande público, temos agora o caso de The Lost Symbol, ou o retorno de Robert Langdon, famoso personagem literário criado por Dan Brown, também presente em outras obras do autor como The Da Vinci Code (2003), Angels and Demons (2000), Inferno (2013) e Origin (2017). Na adaptação cinematográfica, tivemos Tom Hanks dando vida ao personagem. Na adaptação televisiva, nos deparamos com uma versão rejuvenescida de Langdon, interpretado por Ashley Zukerman (Trilogia Rua do Medo, Succession).
Professor de Simbologia da Universidade de Harvard, Langdon recebe uma ligação de um aparente “novo” assistente de Peter Solomon, seu mentor acadêmico, para uma suposta palestra em Washington, DC. Ao chegar na capital americana, Langdon rapidamente descobre estar envolvido no início de uma jornada para resgatar seu mentor e também desvendar a localização de um portal “místico” capaz de realizar a Apoteose, ou em outras palavras, fornecer poderes divinos para quem o acessar, podendo transformar este indivíduo em alguma espécie de deus.
O piloto se preocupa em estabelecer os pontos de partida necessários para o telespectador entender como os personagens irão funcionar para o desenrolar do mistério que se encontra à sua frente. Além da breve apresentação de Langdon, temos Katherine Solomon (Valorie Curry, The Following), filha de Peter, e também estudante da Noética, uma ciência que estuda os variados ramos da subconsciência humana, explorando mente e espírito de maneira objetiva, sendo algo que vai contra as crenças de Langdon, deixando claro para o telespectador que ambos serão o principal interesse amoroso um do outro, como uma espécie de enemies to lovers intelectual entre ambos.
A série também apresenta a agente da CIA Inoue Sato, que se mostra bastante interessada em participar desta investigação sobre o paradeiro de Peter, por acreditar que pode haver uma relação com a morte do outro filho de Peter, Zachary Solomon, três anos antes. E para minha surpresa me deparo com a presença do segurança Nunez, interpretado por Rick Gonzalez, que se fez presente em várias temporadas de Arrow, na CW. Sua presença na narrativa, podendo ela na série como um todo ser breve ou não, fica clara que será para ser o personagem leigo de assuntos históricos, fornecendo um espaço para que o telespectador leigo também consiga entender os devaneios e explicações de Langdon. Também fica claro que ele será o personagem “músculo” em situações de risco, como apresentado no piloto ao descobrirem a existência de uma tumba abaixo do Capitólio.
O piloto se encontra dentro de um padrão televisivo já conhecido na TV, possuindo 46 minutos de duração, dando os conhecidos checks quando pensamos num piloto que segue uma estrutura básica de apresentação de personagens, plots, narrativas e assim por diante. Não que isso seja ruim, só não achei que encontraria o tal padrão em uma adaptação sobre o personagem que já teve um holofote mais “glorioso” nas telas do cinema. Talvez pela “curta” duração, isso acabe fazendo com que todas as apresentações de personagens e narrativas fiquem parecendo um pouco apressadas, mesmo que sutilmente, e também um pouco mastigadas, ao mostrar e explicar de maneira clara a função do personagem Mal’akh, o antagonista da série responsável pela jornada de enigmas designados para Langdon desvendar.
Não fica explícito, mas como telespectador que consome muito do audiovisual televisivo, se torna mais fácil de identificar um estilo narrativo como esse em uma série de televisão. Apesar desses aspectos, a série não se atrapalha em trabalhar na construção da narrativa e também na tentativa de prender o interesse do telespectador, feito de maneira eficiente o suficiente para me deixar interessado em querer continuar até o final da temporada. Não li os livros e infelizmente não lembro dos filmes, mesmo sabendo que já assisti The Da Vinci Code e Angels & Demons muitos anos atrás, então não posso opinar como leitor assistindo a uma adaptação, mas como telespectador reconheço o potencial de uma boa história de mistérios e enigmas quando vejo uma.
Nota: 8,5
Sou fã dos Livros de Dan Brown,antes mesmo do grande sucesso. Bem feliz que fizeram essa série,só esperava mais.Tanto nos livros como na série sempre teve algo impactante e mesmo já vendo os 2 primeiro epi ainda não consegui encontrar
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Como fã de Dan Brown e suas adaptações posso afirmar que a série conseguiu traduzir bem a essência do livro. As adaptações que foram feitas (como o rejuvenescimento do personagem, por exemplo) ao meu ver trouxeram uma dinâmica maior pra história.
E adorei a review
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Adorei a review. Foi o primeiro livro que li do Dan Brown. Eu só lembro que acabei logo porque a escrita de Dan Brown é muito ágil e lembro que odiei o final. kkkkkkkk Esperemos que eu não odeie o final da série.
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