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American Crime Story By Felipe





Episodio 1x1 - Nota 9 2016-02-05 20:13:23

Excelente piloto. Uma narrativa bem conduzida, uma ótima estrutura de roteiro. Nem senti passar estes 57 minutos.

Adorei a escolha do tema para esta primeira temporada, uma vez que o julgamento de OJ Simpson é mesmo um dos mais controversos da história. Gostei muito da apresentação geral, a caracterização dos personagens está divina e tem tudo pra ser uma das melhores estreias do ano.

Cuba Gooding Jr. em uma ótima atuação. O mesmo para David Schwimmer e John Travolta. Sarah Paulson dispensa elogios, né? Se destaca em absolutamente tudo o que faz.

Episodio 1x2 - Nota 9 2016-02-12 11:35:29

Que episódio mais angustiante. Sério, todas as cenas dentro do carro, com o OJ gritando com aquela arma apontada pra própria cabeça, me deixou entalado de uma forma que nem consigo explicar. E, de certa forma, acabou me irritando também.

Pra uma pessoa que clama ser inocente, OJ mostrou um comportamento desesperado DEMAIS. Claro que não deve ser fácil ser acusado de um homicídio, ver que possuem provas suficientes contra você e etc. O vislumbre de ir pra cadeia deve ser aterrorizante por si só. Mas sei lá. Pra pessoa insistir que a vida acabou, escrever cartas de despedida e mostrar uma determinação a tirar a própria vida, mesmo tendo filhos pequenos que certamente precisam dele, acho que se entregou demais.

No meio disso tudo, Cuba Gooding Jr. segue fazendo um trabalho excepcional, assim como David Schwimmer em todas as suas cenas. O elenco todo está se saindo muito bem, compondo os personagens com o tom certo e convincente.

O episódio foi no mesmo nível do primeiro pra mim. Única coisa que eu tiraria foi aquele momento constrangedor e desnecessário com a família do Robert soletrando e gritando o nome KARDASHIAN quando o viram na televisão. Sério, qual foi o propósito daquilo?! Porque se era pra servir de alívio cômico: não funcionou.

Episodio 1x2 - Nota 9 2016-02-14 12:55:11

Pra mim não funcionou pra nada. Achei sem fundamento. KKKKK

Episodio 1x3 - Nota 8.5 2016-02-19 19:56:22

Eu tô achando tão desnecessário esses momentos Kardashian. Sei lá, acho que aquele discurso do Robert sobre valores, amizade e etc, serem mais importantes do que a fama foi uma ironia bem desnecessária. Entendo o papel do Robert no caso todo, mas não acho que seja necessário fazer esse tipo de menção, só porque sabemos como ficaram os Kardashians, né.

Achei esse episódio um tanto mais fraco que os anteriores. Longe de ser ruim, mas os outros dois tiveram uma energia, um gás a mais. Foram mais interessantes de acompanhar. Valeu pela introdução do racismo no meio do caso, com o advogado dizendo que vai fazer a abordagem como se fosse um caso racial e etc.

Continuo achando o Cuba Gooding Jr. bem no papel, mas fico irritado quando o OJ surge em cena falando de sua inocência, sempre querendo se exceder. Seje menas.

Episodio 1x4 - Nota 8.5 2016-02-27 19:18:43

A postura do OJ nesse episódio me deixou convicto, digamos, de que ele é sim um assassino. Acho que foi mais naquela cena em que fez piada sobre todos os jurados serem negros, falando que se eles o condenassem, talvez ele tivesse mesmo tirado aquelas vidas. Entendo perfeitamente a ironia, claro, já que nesta época uma bancada de jurados negros favorecia o réu. Mas enfim... Achei de muito mau gosto, uma vez que até o episódio passado ele estava absolutamente desesperado com a situação.

O fato é que tô pegando raiva do OJ, mesmo.

E a Marcia tendo que ouvir aquelas baboseiras das pessoas? Sobre ela ser uma “vadia”, sobre “não querer ser o namorado dela”? WTF? Sarah Paulson rainha demais, transparecendo muito bem o choque ao ouvir aquela agressão sem sentido. Pior foi depois, ao ser notificada a mudar a vestimenta e o cabelo para causar uma boa impressão no júri. Como se aparência significasse alguma coisa no meio da atuação de um profissional dentro de sua área.

Episodio 1x4 - Nota 8.5 2016-03-12 20:35:25

Eu acho que o Cuba está até indo bem no papel sim. Mas é verdade: o personagem é tão irritante e cheio de si que não dá pra simpatizar. Mesmo com as alegações de que não é culpado, é difícil acreditar nisso pela forma como ele se comporta.

Episodio 1x5 - Nota 8.5 2016-03-06 23:11:22

Caramba, que impacto eu tive quando mostraram o símbolo nazista entre os pertences do policial “não racista”, no final. Eu realmente não estava esperando uma coisa dessas. Certamente a coisa vai ficar bem mais feia.

Cochran é irônico, pra dizer o mesmo. E o grupo da promotoria tá sendo muito ingênuo, como se não acreditassem que os advogados pudessem sair da linha para conseguir o que desejam. Achei um absurdo sem tamanho a modificação da casa do OJ. E por que ele teve chances de fazer isso? Por que a promotoria não ficou em cima pra NADA ser retirado do lugar? Fiquei meio sem entender, já que a Marcia percebeu toda a encenação e até ficou inquieta.

A série segue com um bom desenvolvimento, reviravoltas pontuais – levando em conta se tratar de um caso real. Tô gostando de acompanhar.

Episodio 1x6 - Nota 9 2016-03-12 20:33:37

Já estava imaginando mesmo quando que iam incluir esse evento das fotos vendidas e é tão frustrante! O que as pessoas não fazem por atenção, por dinheiro? Lamentável. Esse outro ex-marido é um verdadeiro FDP. Assim como o mais recente, que não tinha nada que lavar a roupa suja da vida privada deles na mídia.

Não tô conseguindo lidar bem com esse sexismo todo. Fiquei revoltado quando o juiz deu aquele “Bom dia, Sra. Clark. Acho.”, foi rude e foi completamente desnecessário, ainda mais se tratando de uma pessoa na posição dele. Além disso, a atenção que a mídia dá para o cabelo e as roupas que Marcia usa é uma coisa absurda – e pior ainda é a repercussão: várias revistas colocando na CAPA.

Será que é tão difícil de entender que ela está ali lutando por JUSTIÇA? Que está ali tentando provar que o tão amado, querido, íntegro OJ Simpson é um assassino? É de impressionar o comportamento das pessoas, sério. Estou ao lado dela até o fim.

A questão do racismo segue sendo muito bem colocada – com destaque para a conversa entre Darden e aquele cara no tribunal. Incrível como algumas pessoas se recusam a acreditar que OJ seja o assassino só porque ele é negro – um argumento pobre.

Enfim, mas um excelente episódio.

Episodio 1x7 - Nota 8.5 2016-03-20 19:15:22

Estou MORTO com essa cena do OJ experimentando a luva, gente. Que teatro da porra ele fez. Foi realmente um circo e é uma pena que a imagem da luva não servindo é o que ficou na cabeça desse júri. Vi o vídeo real, de 1995, e fiquei abismado com a cara de pau do OJ Simpson. PQP. Essa equipe dele realmente não mediu esforços pra livrá-lo dessas acusações e tô ficando com mais raiva a cada segundo. OJ é muito FDP e desprezível, tô pegando nojo dele MESMO e fico mais convicto o tempo todo de que ele é culpado SIM.

A acusação poderia argumentar sobre as luvas terem encolhido, já que um ano se passou desde o crime e certamente foram mantidas em temperaturas frias, por conta do sangue e etc. Eles ficaram com caras de idiotas mesmo, sem reação diante dessa reviravolta que poderia ter sido prevista. Como se não bastasse, a relação profissional entre Marcia e Darden deve ficar muito mais abalada agora.

Série tá incrível!

Episodio 1x8 - Nota 9 2016-03-26 11:37:15

Fiquei agoniado com esse episódio. Esse jogo de raça que está sendo realizado, uma espécie de “dança das cadeiras” com o júri. WOW. Conseguiram transmitir bem esse terror psicológico que foi o período em que esse povo ficou preso dentro do hotel como se estivessem em uma cadeia MESMO. Se fosse eu, provavelmente teria surtado de forma igual ou até pior que aquela mulher.

A cada aparição do Johnnie Cochran e de toda a equipe de advogados de defesa, fico com mais raiva deles. Sério, as reações do Cochran me deixaram tão nervoso, que nem consigo explicar. Seja comemorando uma vitória contra Marcia, seja reclamando de uma vitória dela contra ele. E o que dizer do Bailey tendo a audácia de afirmar que em 1988, o estupro não era considerado crime dentro do casamento? GENTE?

Triste ver o circo midiático que esse caso se tornou, porque se trata de um assassinato brutal de duas pessoas. Triste ver que todas as evidências de DNA e etc perdem completamente a força quando os depoimentos estão sendo dados. Triste.

Episodio 1x9 - Nota 9 2016-04-02 10:41:58

Eu não concordo. É verdade que a acusação cometeu muitos deslizes durante esse julgamento, mas as provas contra o OJ são incontestáveis, como a Marcia de vez em quando vem frisando – e o fez neste episódio mesmo. O júri decidiu prestar mais atenção no “circo” da defesa do que nas provas.

Episodio 1x9 - Nota 9 2016-04-02 10:51:45

Johnnie Cochran surge em cena e eu sinto vontade de entrar na tela e dar a surra que ele merece tomar. É impressionante o circo no qual o julgamento foi transformado por ele e por sua equipe de advogados de defesa. Ele abre a boca e eu já sinto ânsia, porque é demais! O cara soube jogar muito bem. Pena que foi de forma suja, baixa e até mesmo imprevisível. Afinal, a cada novo passo que ele dá, é uma surpresa pra TODO MUNDO.

Não é à toa que Darden teve aquela explosão. Sua acusação foi certeira e sua frustração, mais que válida. A equipe de acusação teve falhas, sim, na execução desse julgamento. Mas as provas, gente. As provas são incontestáveis! É lamentável que o júri preste mais atenção nas ações circenses dos advogados de defesa do que nas provas, nas evidências que foram bem apresentadas. PQP.

E o Furhman invocando seu direito à 5ª emenda naquela última pergunta certamente foi o degrau que faltava para toda a abordagem da acusação ir por água abaixo. E que infeliz, ein? Essa cena em que ele entra no tribunal e todos o encaram com desprezo foi MAGNÍFICA demais. Infeliz, merece pagar por tudo o que fez.

OJ dando risadas do Furhman não respondendo à pergunta no final. Robert se sentindo completamente enojado com aquele comportamento... Meu ódio pela criatura só aumenta. Assassino covarde, frio, calculista.

Por fim, achei tão significativa essa cena final, com Marcia descobrindo que conseguiu a guarda dos filhos no processo de divórcio.

Pena que o próximo é o último.

Episodio 1x10 - Nota 10 2016-04-09 10:51:23

Mesmo já sabendo como terminaria, é impossível se livrar da sensação de frustração que essa season finale proporciona.

Todas as evidências apontavam para o OJ Simpson. As provas eram incontestáveis. Mas infelizmente, como o Garcetti afirmou na coletiva, o júri decidiu seguir pela emoção. Mais precisamente, pela raça. Basta reparar na reação do povo no momento do veredito. Ele foi inocentado por ser negro, ponto. Alguns membros do júri falando que “a acusação não provou sua culpa” me deixou enojado. Eles olhando torto pra mulher que o considerava inocente me deixou enojado. TRISTE que a maioria tenha decidido fechar os olhos para as provas, a fim de prestar atenção no circo da defesa e, claro, na questão da raça.

Fiquei com o coração na mão pelas famílias das vítimas. Não consigo imaginar o quanto deve ter sido doloroso, revoltante, ouvir sobre os protestos em nome do OJ, em prol de sua libertação, quando Nicole e Ronald foram assassinados de forma tão brutal. Faltou consideração às vítimas. Faltou solidariedade. Faltou RAZÃO.

Ao menos, a sequência final mostrando o primeiros momentos do OJ fora da cadeia me deixaram mais satisfeito, embora não consiga aceitar de forma alguma esse que foi um dos vereditos mais injustos da história. Bom ver o Robert decidindo se afastar. Bom ver que nem todo mundo decidiu recebê-lo de braços abertos de novo. Só não vê a culpa dele quem não quer, os fanáticos alienados e afins.

Darden chorando, Marcia chorando... Mas parabenizo os dois. Por mais que o caso deles tenha tido algumas falhas durante a execução, eles conseguiram SIM provar a culpa do réu e fizeram um ótimo trabalho geral. Me encantei muito com a Marcia, com sua força através dos obstáculos que teve de enfrentar – votos nuas vendidas, batalha judicial pela guarda dos filhos, etc.

A temporada em geral foi um acerto e tanto. O elenco foi muito bem escalado. Além das semelhanças com as verdadeiras pessoas, foram atuações afiadas e primorosas. Acho que o Emmy da Sarah Paulson vem agora. Produção em geral, direção, fotografia, roteiro: tudo muito impecável e fiel aos fatos.

Espero que a segunda temporada seja tão bem conduzida quanto essa.

Episodio 2x1 - Nota 9 2018-01-18 19:50:21

Era da Insubs. Eles largaram?

Episodio 2x1 - Nota 9 2018-01-18 20:02:38

“They’ll judge the killer, yes. But they’ll judge the victim too. First they’ll weep, then they’ll whisper.”

Não estava mais me aguentando de ansiedade por essa temporada. Desde as fotos até os teasers (vi pouca coisa porque gosto de ser surpreendido em todas as séries que assisto). E achei o episódio maravilhoso. Pelo roteiro, direção, fotografia, estética, e principalmente, atuações. Penélope Cruz tá muito diferente, uma entrega total a Donatella e sinto que ela vai dar o que falar nos próximos, com certeza.

Mas o episódio é do Darren Criss, sim. Apostou num tom bem sádico para o Andrew Cunanan e acertou em cheio. Você se impressiona, sente ódio, repulsa, pela postura deste monstro. Aquele momento em que ficou rindo no carro. Ou quando imitou o choque da mulher que assistia à notícia na TV. O sorrisinho de satisfação quando viu o seu ato estampado em todos os jornais. Sem falar na inteligência e manipulação. Psicopatas são impressionantes, bicho. Conseguiu fugir do estacionamento. Enganou sobre o local onde estava vivendo. WOW.

E toda a sequência do assassinato foi angustiante. Triste. Frustrante. Nem sei bem o que dizer. Aliás, não sabia que até um pombo tinha sido atingido pelos disparos do Andrew. Pesquisei no google e realmente isso aconteceu. E também preciso registrar meu choque ao momento em que aquela mulher entrou na cena do crime com uma página rasgada de propaganda da Versace só pra pegar o sangue do mesmo nos degraus da mansão... Ah, o ser humano!

Tenho boas expectativas para o restante da season. Espero que seja tão boa quanto a primeira.

Episodio 2x2 - Nota 8 2018-01-25 20:58:15

Que frustrante aquele momento em que o Andrew quase foi pego no restaurante. Ele já era procurado no país inteiro, bicho. Já figurava na lista de mais procurados e já estava planejando tirar a vida do Versace sem razão alguma, só pelo prazer de fazê-lo. Mais um pouquinho e ele tinha sido pego e talvez Versace ainda estivesse vivo.

Eu tô amando muito o tom do Darren Criss pra esse personagem. Continua apostando alto em um lado bem sádico. De alguém que se diverte e transparece essa alegria quando está fazendo alguma maldade. Ele tá bem demais no papel, pra mim continua roubando a cena – embora Penélope Cruz não esteja muito atrás com sua Donatella. O trabalho de entrega dela pra essa personagem tá impecável. Andrew abrindo um sorriso consegue ser assustador.

Único do elenco que tá meio que fora de sincronia é o Ricky Martin mesmo. Até agora não me convenceu, a maioria das cenas parece que ele tá apenas ditando o texto, como se o estivesse lendo em um teleprompter... Espero que melhore. Ao menos achei bonitinho ele dizendo à noite pro Gianni que não quer mais levar homens pra casa, que quer casar e etc. Triste fim pra história deles...

Por enquanto sigo curtindo a série.

Episodio 2x2 - Nota 8 2018-01-26 19:31:55

Eu espero que melhore, mas acredito que não vai não KKKKK. E é verdade, não dá pra entender muito bem essa decisão.

Episodio 2x3 - Nota 9 2018-02-01 19:30:25

Sabe quando você sabe que a pessoa não vai ter empatia, mas ainda assim torce pra que ela tenha? Foi exatamente isso que me aconteceu na cena do roubo da caminhonete. Andrew mandou o rapaz ajoelhar, eu já esperava que não iria poupá-lo. Mas ainda assim foi impactante o som do tiro e o cara caindo morto mesmo após dizer aquelas coisas. Sentimentalismo não cola com psicopatas. Não adianta.

E Andrew segue sendo assustador e desprezível, covarde, e tantas coisas mais... Horrível a forma como matou o Lee Miglin, me deu agonia demais quando jogou o concreto em cima dele e deu a facada – sem falar na cena posterior com o presunto e a destruição do projeto o qual Lee estava absolutamente orgulhoso. Que monstro invejoso foi o Cunanan.

Já o Darren Criss segue pisando muito na atuação. Construção fantástica do personagem. Não vou me surpreender caso ele seja indicado a vários prêmios esse ano por esse trabalho, porque merece.

E eu gostei do episódio. Parece ser meio aleatório mas ótimo para conhecermos um pouquinho mais desse assassino. E tô curtindo essa narrativa “de trás pra frente”, até agora tá dando pra compreender tudo perfeitamente.

Episodio 2x4 - Nota 10 2018-02-08 20:37:26

Eu achei esse episódio EXCEPCIONAL, o melhor da temporada até agora. Entendo que esteja havendo certo estranhamento na abordagem, uma vez que a season leva título de “The Assassination of Gianni Versace”, mas acho importante mostrarem a trajetória de horror, tortura e assassinato do Andrew. Aliás, é isso o que a temporada tem sido até agora: um grande estudo do personagem e da mente deste assassino covarde, frio, que assassinava pessoas pelo simples prazer de fazê-lo.

Preciso ressaltar que o roteirista deste episódio fez um trabalho magnífico com o David Madson. Ele aparece unicamente aqui, por 58 minutos, e é o suficiente pra que criemos empatia e torçamos pra que ele consiga se livrar daquele pesadelo com vida. Queria que ele gritasse por ajuda. Tentasse arrancar a arma do Andrew quando levaram o cachorro pra passear. Ou que realmente tivesse tentado fugir naquela cena do banheiro do bar (nem entendi muito bem a razão de decidir não fazê-lo).

Já a sequência final foi tocante, frustrante, de diversas maneiras. Por um momento achei que David tivesse conseguido se livrar das balas (já estava esperando os tiros atravessando as paredes de madeira ou o Andrew arrombando a porta), mas aí David viu a figura do pai e deu pra entender. Que final triste, agoniante, indigno pra uma pessoa boa e inocente...

Até a relação do David com o pai foi bem focada. O flashback de quando ele se assumiu gay e o pai deu aquela resposta foi bonito porque foi verdadeiro, honesto. E porque o pai, apesar das crenças, aceitou-o como é por ser seu filho e por amá-lo.

Enfim, não tenho o que reclamar da temporada até agora. Tô achando ótima, bem conduzida, bem dirigida e com ótimas atuações.

Episodio 2x5 - Nota 9 2018-02-15 15:17:15

A cada episódio dessa temporada eu fico mais e mais inconformado, revoltado e frustrado com os atos que Andrew Cunanan cometeu enquanto vivo. Causou destruição por onde passou, como se fosse um furacão. E acabava com a vida das pessoas por puro capricho. Por gostar. Por se divertir. No episódio passado sentimos pelo David, neste foi pelo Jeff.

Novamente, gostei dos flashbacks. Achei bem pesado (por ser real) os momentos que foram focados enquanto Jeff servia no exército. Como o preconceito reinava (e ainda reina, pode-se dizer), a prática do “don’t ask, don’t tell”. Jeff ajudando o rapaz que estava sendo covardemente agredido e arrependendo-se depois por isso ter custado sua carreira – como se evitar que uma pessoa fosse espancada até a morte fosse motivo de vergonha ou de arrependimento, mas a postura e o preconceito dos colegas eram tamanhos que acabou fazendo-o sentir assim. E a parte em que tentou arrancar a tatuagem na base da faca? Ou quando quase cometeu suicídio no banheiro?

Fiquei com o coração na mão nos momentos finais que anteceram a morte brutal, cruel e covarde que ele sofreu, pois já sabia que era isso que o esperava. Andrew um psicopata nato, mentiroso, frio e calculista. Além de ter uma presença intragável (eu particularmente não tenho a mínima paciência para pessoas que se comportam como ele, que mentem descaradamente, de forma a ficar nítido o esforço para passar uma imagem que não lhe pertence), ainda queria que as pessoas precisassem e o amassem apesar de ser um homem destrutivo. Só o fato de ter mandado esse cartão postal pra família do Jeff revelando algo que não era sobre ele e nem o envolvia, já diz muito.

Já as rápidas cenas do Gianni foram boas e reflexivas, em especial o diálogo com Donatella, em que ele comenta sobre ter uma segunda chance de viver, sobre não ter medo e etc... WOW.

Temporada segue ótima pra mim.

Episodio 2x6 - Nota 8.5 2018-03-01 19:50:08

“All the people I love!”, afirma o Andrew ao posar para uma foto ao lado de quatro homens. Dos quatro, apenas um sobrevive ao rastro de horror que ele fez durante um tempo nos Estados Unidos. O Norman teve muita sorte, na verdade. Andrew ainda não tinha surtado a ponto de cometer o primeiro assassinato, mas estava à beira. Tivesse encontrado uma forma de entrar na casa, sabe-se lá o que teria feito...

É repetitivo falar da atuação do Darren Criss, mas não tem como não elogiar. Ele tá bem demais. O tom e a frieza que ele confere ao personagem chegam a ser assustadores. Destaque para a cena em que conversa com o David após tentar impressioná-lo com tantas coisas luxuosas (e que curiosamente ele não tinha como pagar). David esperando conhecer o verdadeiro “Andrew” e se decepcionando ao ver o quão vazio e mesquinho ele realmente era. Também não gostaria de ter alguém assim na minha vida.

E eu continuo achando a temporada ótima. Como comentei anteriormente, também gostaria de ver mais do Versace, da Donatella, e etc. Mas o estudo de personagem que estão fazendo com o Andrew tá excepcional e impecável. Não tenho o que reclamar realmente.

Episodio 2x7 - Nota 8 2018-03-08 20:29:55

Morto com o Andrew roubando a história que o David contou, sobre o desenho que fez na infância, só pra comover o senhor que esqueci o nome. UAU, este é um personagem que não cansa de surpreender. E é tão complexo que me faltam palavras. Nós já vimos o Andrew cometer todo o tipo de atrocidade contra a vida humana pelo simples prazer de fazê-lo, sem sentir remorso, sem poupar ninguém – nem ao menos um total desconhecido que possuía a caminhonete que ele queria. Mas aí temos aquela cena em que ele empurra a mãe e a leva pro hospital. A expressão de arrependimento no rosto quando ela decidiu acobertá-lo...

Por isso eu acho que a temporada segue impecável. Apesar de ter o nome do Gianni no subtítulo, ela se propõe a contar a história do assassinato e pra isso, precisamos conhecer o assassino. E o estudo que estão fazendo do Andrew segue perfeito – que somado à atuação do Darren Criss, fica excepcional por si só.

Já as cenas do Gianni com a Donatella foram boas também – ela, a melhor do episódio.

Episodio 2x8 - Nota 9 2018-03-15 20:05:01

Caramba, tô bem surpreso com o episódio. Tô conhecendo mais a vida do Andrew pelo o que está sendo apresentado aqui mesmo – fora isso, até então só sabia os assassinatos cometidos –, então pra mim foi muito inesperado saber que ele realmente teve uma vida de luxo. Por bastante tempo. A história que ele contou sobre ter um quarto grande era verdadeira. E foi quando tudo isso lhe foi tirado abruptamente que ele começou a mentir, a se tornar desagradável e por fim, a cometer os atos que cometeu contra tantas pessoas inocentes, só pelo prazer de fazê-lo.

Sem palavras para o Modesto Cunana – que de “modesto” não tem nada. Covarde, fez as coisas erradas, fugiu deixando a família inteira com a mão na frente e outra atrás e continuou dando uma de macho alfa. Fiquei estarrecido com a cena do confronto entre ele e Andrew no final, com o cuspe na cara, o facão! O cara moldou o menino desde criança, colocou pressão com aquela coisa de ser “especial”, ensinando-o a falar como adulto, dando carros de presente... Foi o pai que transformou o Andrew. WOW.

O flashback do Gianni criança foi rápido, mas tão significativo. Sem falar no contraste com o pai do Andrew. Ela incentivando o filho a fazer e ser o que quisesse. Mandando ele continuar o desenho que a professora rasgou e o considerou um “pervertido” por isso. Aaaaa.

BTW: também achei muito inconsistente as cenas na Itália serem em inglês, a professora estar ensinando em inglês e etc. Sei que o povo americano em suma tem muita preguiça de ler legendas, mas gente? A sequência teve o que? 4 minutos ou nem isso? Enfim...

Episodio 2x9 - Nota 10 2018-03-22 20:01:54

Não poderia concordar menos com uma das observações que já fizeram sobre este episódio: a cena do interrogatório do Ronnie simplifica bem qual era o objetivo da temporada e qual era a personalidade do Andrew Cunanan.

Andrew cresceu querendo ser visto e tentando convencer as pessoas daquilo que o pai dele o convencera por tantos e tantos anos: o quão especial, extraordinário, ele era. A narrativa “de trás pra frente”, embora tenha soado confusa lá nos primeiros episódios, foi importante para aprofundar a necessidade do personagem de ser visto conforme ele caminhava deixando sangue, terror e perdas por onde passava. Pra mim, isso funcionou perfeitamente. Os episódios foram todos um estudo excepcional da mente do Andrew, como ele acabou se tornando um psicopata, um assassino frio, calculista, extremamente inteligente. Não tenho o que reclamar.

Achei muito impactante a cena em que ele viu o pai dando entrevista na TV. Darren Criss trabalhou muito o lado sínico do Andrew (destaco como exemplo o momento em que ele “faz parte” da missa e funeral do Gianni, pela TV), e não fez feio quando precisou transparecer dor, decepção, apenas com o olhar. Não que eu sinta pena dele, mas pedir ajuda ao pai, chorando, e depois vê-lo tentando lucrar em cima de tudo o que está acontecendo, foi frustrante. “Muitos estúdios interessados, ele quer que o título seja esse, ele está fugindo”. Gente...

E toda a sequência que deu fim à caçada foi primorosa. Andrew não deu o gosto para a polícia e nem as pessoas o enxergassem como elas queriam enxergá-lo. Ele decidiu como seria sua última “aparição”, ao tirar a própria vida. Não sabia que tinha sido daquela forma, em uma casa-barco (até então achava que tinha sido em um hotel) e como a polícia chegou até lá. Ele conseguiu ficar escondido por dias apesar do esforço para que as pessoas o vissem – a cena em que perguntou a melhor saíde sem trânsito para aquele senhor, sem falar que saiu na rua sabe-se lá quantas vezes após o último assassinato.

Aliás, essa crítica feita pelos produtores foi muito bem-vinda. Antes do Versace, Andrew já estava deixando um rastro de terror pelos Estados Unidos. E estava sendo procurado, é verdade, mas não com tanta determinação. Foi só ele atingir e tirar a vida de uma figura pública, famosa, riquíssima, que toda a situação mudou de perspectiva. Não só essa crítica como a discussão da homofobia também foi bem trabalhada – os diálogos no interrogatório do Ronnie exemplificam isso bem.

As cenas com os Versace foram rápidas (como sempre), mas boas de qualquer forma. De fato, Penélope Cruz não precisou de muito tempo de tela para deixar sua marca como Donatela – embora eu confesse que gostaria de tê-la visto um pouco mais. Fiquei com o coração na mão na cena do desabafo, sobre não ter atendido a última ligação do Gianni no dia do assassinato. Não imagino que peso horrível na consciência dela foi ter feito isso. Ricky Martin foi o único do elenco que não me convenceu em nada, absolutamente fora do tom e superficial demais. Edgar Ramírez dispensa comentários. A cara do Gianni.

Por fim, a cena que fechou esta temporada não poderia ter sido mais irônica. Gianni pra sempre lembrado, sepultado em um espaço único para uma pessoa como ele. E Andrew Cunanan, o tão especial e extraordinário Andrew Cunanan, apenas mais uma plaquinha entre tantas outras naquele cemitério. Acho até que o fato de terem usado o nome do Gianni no subtítulo da temporada faz sentido com a proposta da mesma. “the Assassination” já é uma antecipação de que vão contar a história do assassinato, portanto, do assassino. Mas nem assim, Andrew Cunanan teve seu nome como destaque.

Episodio 3x1 - Nota 8.5 2021-09-13 18:38:55

Conheço o caso por cima, só os nomes envolvidos mesmo. Mas gostei do tema pra temporada e achei esse primeiro episódio bem promissor. Pra mim, passou voando, quando me dei conta esses 60 minutos já tinham acabado. Gosto demais do trabalho do Ryan como diretor, o enquadramentos dele... Fica perfeito.

Sarah Paulson magistral, com certeza vai ser muito aclamada como Linda Tripp. A maquiagem que fizeram nela tá impecável.

Absurdo demais o modo como os jornalistas trataram Paula Jones naquela coletiva. Eu adoro a Annaleigh Ashford, certeza que vai dar um show aqui também.

Episodio 3x2 - Nota 8.5 2021-09-16 19:53:24

Esse episódio focou mais na relação da Monica com o Bill, acho que foi necessário pra estabelecer o restante da narrativa. Como ele era persuasivo, como ela se rendeu totalmente... As cenas dos dois me deram nojo. E o meio disso tudo, Linda Tripp dando uma de amiga conselheira. Sarah Paulson tá irretocável demais, não aguento.

Tô ansioso pra ver mais da Edie Falco como Hillary.

Episodio 3x3 - Nota 8.5 2021-09-24 19:36:44

Nossa, eu sinto tanta pena da Paula... Esse Steve é um lixo, meu Deus. Forçou a mulher a assumir o abuso buscando conseguir oportunidades como ator, se irrita por ela não conseguir ser “atriz o suficiente” em ensaios junto com ele. Eu fico irritado com essas cenas dele. Ninguém liga realmente pra Paula...

Continuo sentindo raiva demais dessas cenas da Monica com o Bill. E aquele momento que ela ligou em prantos pra Linda depois do fora só me deixou com ódio. Mas ela não é uma personagem que eu desgosto não, ainda mais agora vendo ela sendo manipulada tanto pelo Bill quanto pela Linda...

E a Linda segue fazendo tudo, carregando os desdobramentos da narrativa nas costas. A excitação dela quando pegou a revista, o prazer que sentiu por ver o nome dela sendo ressaltado naquelas matérias... Sarah Paulson segue irretocável.

Eu tô gostando muito da temporada, os episódios me prendem, passam voando pra mim.

Episodio 3x4 - Nota 9 2021-10-01 18:21:47

Melhor episódio até agora. As cenas da Monica morrendo de chorar pelo Clinton, ligando pra Linda fazendo aquele show, me dão muita ânsia, e raiva também. E eu não tava desgostando dela, nem nada, mas esse episódio me fez sentir pena com as revelações que ela fez sobre seus envolvimentos sexuais no passado – coisas que eu não sabia. Triste ouvir o relato sobre o abuso sexual/estupro que ela sofreu quando mais nova. Percebe-se que existe um problema muito maior com ela nesse ponto, já que desde cedo começou a se “apaixonar” e a ser manipulada por homens mais velhos.

Agora isso tá acontecendo por parte do Clinton e por parte daquela que ela julga uma amiga. Fico impressionado como a Linda realmente acredita que o que ela tá fazendo, vai ser uma coisa boa pra Monica. Ela até pondera, vez ou outra reflete sobre isso. E acho verdadeira a preocupação sobre a Monica descobrir que ela tá fazendo isso com total intenção. Parece que ela nutriu mesmo um carinho, mas não é suficiente pra ela reaver essa decisão. Sarah Paulson encarnou muito bem essa complexidade da personagem.

A montagem mostrando as gravações da conversa foi perfeita. Eu tô adorando essa temporada, a cada semana consigo me envolver mais.

Episodio 3x5 - Nota 9 2021-10-08 20:50:42

Esse foi o episódio que eu mais senti penalizado pela Monica. Principalmente na cena do restaurante. Ela implorando, em nome da amizade, pra Linda não falar nada sobre ela em tribunal... Pior é que ela desconfiou que pudesse estar sendo gravada, mas ela realmente confia na Linda a ponto de afirmar que tá enxergando coisas demais...

Fico de cara pela Linda ser tão fria assim. Na cena do carro fora da casa dela, durante a festa de Natal... Na própria sequência pra fazer a Monica confessar as coisas. Não sei como ela conseguia ouvir aqueles pedidos desesperados e não se render no mesmo instante. Sarah Paulson segue magistral. Acho que esse episódio foi a minha atuação preferida dela nessa temporada e olha que em todos os outros ela roubou a cena, sempre irretocável. Vai ser uma guerra no Emmy 2022, com certeza.

Morro de pena da Paula e todas essas coisas que ela é submetida. Patético demais os advogados inventando aquelas coisas só pra ela ficar abalada em depoimento. Forças pra lenda.

Episodio 3x6 - Nota 9 2021-10-14 19:32:27

Esse e o anterior foram os melhores episódios da temporada até agora. Beanie Feldstein provou mais o seu talento aqui, nesse momento que sua Monica vive angustiada, desesperada e temerosa. Carregou bem o episódio que foi quase que inteiramente focado nela – com exceção da parte da Ann Coulter, que rendeu uma ótima tirada da Cobie Smulders.

Impressionante como a Monica me faz sentir pena e raiva ao mesmo tempo. Pena pela situação toda, saber que a vida dela pode estar arruinada de agora em diante, e principalmente por ter confiado tanto em uma pessoa que não deu a mínima pra ela. E raiva por, ainda assim, ela achar que tem algum dever para com o presidente, querendo ligar pra avisar... WTF. Mas foi tenso o que fizeram com ela nesse quarto de hotel, não precisa ser física pra existir violência, a pressão psicológica que ela foi submetida foi demais...

Linda Tripp muito cara de pau indo fazer umas comprinhas logo depois de jogar a Monica na boca dos lobos. Eu não sei quais foram as declarações dela depois disso tudo, sobre a amizade e tal, mas aqui na série ela tem um conflito moral com o que fez, ela diz que faria o mesmo se fosse com a filha dela e parece realmente acreditar nisso.

Eu tô muito ansioso para os próximos episódios.

Episodio 3x7 - Nota 10 2021-10-21 19:47:22

Muito nojento tudo o que aconteceu quando esse escândalo veio à tona. O assédio da mídia já é algo que a gente pode esperar, e óbvio que iriam atrás do passado dela, de pessoas que passaram pela vida dela, pra detalhar algumas coisas. Mas foi triste ver aqueles depoimentos pintando a Monica como uma “louca” que enxerga coisas onde não existem. Aquele lixo casado que deu uma coletiva de imprensa falando que “o mundo precisava saber” as coisas sobre ela me deixou enojado.

Mas o Clinton me dá ainda mais ranço. Cometeu perjúrio com a cara limpa e ainda reforçou publicamente o linchamento da Monica negando o caso. Covarde demais. Fora a cena do depoimento sobre o caso Paula Jones, onde ele nem olhou de lado pra ela...

Fiquei de cara com o advogado dos Lewinsky indo dar entrevista na TV daquele jeito. Botou o acordo de imunidade a perder. E ele parecia tão consciente das coisas, e tão confiante. Que tombo. Nem imagino o medo que a Monica sentiu de ser presa...

Linda tentando se convencer e aos filhos de que ela foi uma “heroína da pátria”. Mas a traição em cima da amiga tem um peso muito maior...

Que bom que finalmente a Edie Falco apareceu mais. Espero que tenha mais cenas nos próximos três episódios.

Episodio 3x8 - Nota 9 2021-10-28 19:34:54

Finalmente a Edie Falco teve o destaque que a gente tava esperando. E acho que foi o momento mesmo, agora com tudo vindo à tona é que Hillary tem mais presença. E ela estava irretocável demais, foi um deleite acompanhar essas cenas, o desconforto estampado no rosto dela naquela sequência do jantar, e principalmente quando ela expressou toda a raiva e nojo pelo Bill naquela última discussão.

Clive Owen fez um trabalho incrível aqui também, pois foi IMPOSSÍVEL não ficar morrendo de ódio, ainda mais na verdade, naquela cena do depoimento. O sorrisinho de desdém do Bill falando sobre a interpretação dele sobre “relação sexual” me deixou enojado demais, PQP. Uma pena que não conseguiram encurralar ele ali, quatro horas com o cara falando aquilo, tiveram muito sangue frio pra não voar em cima dele.

Episodio 3x9 - Nota 9 2021-11-03 20:42:20

Beanie Feldstein mais uma vez mostrando o seu talento. As cenas da Monica nesse episódio foram todas tensas com os depoimentos, inimaginável como deve ter sido horrível e difícil pra ela ter que falar tão abertamente sobre relações íntimas pra pessoas desconhecidas. O grande júri tendo empatia me surpreendeu, principalmente quando questionaram sobre o período que ela ficou “presa” com os agentes do FBI. E o segundo depoimento só pra Karin foi ainda mais constrangedor... Bill Clinton asqueroso usando a gravata dela no dia dessa audiência... Meu nojo só aumenta, impressionante.

E bicho, eu não consigo evitar, sinto muita pena da Linda. Por mais que eu condene a maneira com que ela usou a amizade da Monica, manipulou, mentiu... Traiu uma pessoa que depositou muita confiança nela, mas ainda assim eu me sinto penalizado, nem entendo o motivo.

Nossa, eu de verdade esperei que o Steve fosse descer a mão na Paula quando ela finalmente colocou pra fora toda a frustração que estava sentindo. Esse cara é um maldito também, ela fazendo TUDO pra agradar ele, e tudo o que ele faz é apontar o dedo, reclamar e culpá-la de tudo. Ela berrando que fez cirurgia plástica porque “nem sabia que tinha um problema no nariz” antes de apontarem isso pra ela foi triste.

Episodio 3x10 - Nota 9 2021-11-10 19:48:47

Essa temporada foi muito perspicaz naquilo que se propôs a contar: como as mulheres envolvidas nos escândalos de Bill Clinton foram muito mais prejudicadas do que ele, de todas as formas possíveis. Em cada episódio nós pudemos ver um pouco disso com Paula Jones, posteriormente com Monica Lewinski e mesmo a Linda Tripp.

Jones foi a primeira a mover um processo, a fazer uma denúncia contra ele e sempre foi desacreditada, além de ser manipulada pelo marido e pela equipe de advogados que deveria ajudá-la a obter um pouco de justiça. Pra mim, foi triste demais vê-la tendo que se sujeitar a um programa psíquico de telefone e posteriormente, fotos pornográficas pra conseguir se sustentar – o que foi um prato cheio pra ela ser taxada ainda mais de mentirosa. Annaleigh Ashford irretocável, diga-se de passagem.

Fiquei tão penalizado quando a Monica disse que estava fazendo aquele depoimento pela 22ª vez. Porra... O quanto não dissecaram essa mulher, extraindo dela sempre as mesmas palavras já conhecidas. Fora as outras coisas, com as fitas vazadas, a descrição dos encontros que ela teve com o Clinton se tornando piada... A mídia em cima. O pão que o diabo amassou pra no fim receber um “sinto muito pelo que você passou”, que talvez nem tenha partido dele, tenha sido apenas uma “cortesia” dos advogados. Esse final com Monica tendo uma crise de ansiedade foi triste, mas é bom saber que no fim de tudo, ela ficou bem mesmo. Beanie Feldstein foi uma achada. Excelente atriz.

De todas as atuações que já assisti da Sarah Paulson, arrisco dizer que o trabalho dela como Linda Tripp foi o meu favorito. Os maneirismos, a dicção, foi uma atuação de entrega mesmo, e aliada ao bom texto, conseguiu humanizar a personagem de um jeito muito coeso. Eu senti raiva, mas senti empatia pela Linda também. É nítido que, quando ela começou a gravar aquelas conversas, a tramar o que tramou, a intenção dela não era “salvar” a Linda. Mas acho que ela compadeceu pela garota e se arrependeu depois, a ponto de se convencer que fez o que fez pra “salvá-la” e isso tem um fundo de verdade. Ela foi outra hostilizada, cuja traição em cima da melhor amiga foi mais realçada e julgada do que os atos do presidente em si, a ponto de a mulher se ver forçada a emagrecer e se submeter a cirurgia plástica, pra evitar ser facilmente reconhecida.

E temos Juanita Broaddrick com uma acusação de estupro que eu sinceramente nunca tinha ouvido falar – o que evidencia mais o bom trabalho dessa minissérie. E aquela cena do depoimento sendo exibido e mostrando a indiferença das pessoas foi muito impactante. A mulher acaba de fazer um relato pesado e foi vista e diminuída por muitos como “mais uma do Clinton”. Isso é perturbador.

Ao contrário da maioria, pra mim a temporada funcionou muito bem desde o começo. Os episódios todos me prenderam e conseguiram me deixar ansioso para o próximo, passaram todos voando. Foi boa a imersão nessa história que é tão complexa e frustrante. Já tô ansioso pra nova temporada... Espero que não demore muito.


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Felipe

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