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American Crime By





Episodio 2x3 - Nota 8.5 2017-01-15 21:07:23

Essa segunda temporada tem focado muito em como as pessoas sacrificam tanto pelas aparências, pelo status, pela vaidade de serem referência, exemplo não de superação, mas de elevação. Nesse jogo, as relações parecem sempre tecidas a partir da necessidade não se sobrevivência, mas de sobreposição, onde os "fracos" são expostos, consumidos, ridicularizados. É um movimento cruel e até quando se vislumbra uma possibilidade de justiça, a sensação que prevalece é que aquela camada dominante manobrará os efeitos ou, quando condenada, está tão imersa em um mundo injusto e adoentado que é como se legasse um vírus de arrogância e futilidade.

Episodio 2x4 - Nota 8.5 2017-01-15 22:41:04

Vale lembrar que não é porque mantinham contato e flerte que Eric não cometeu o estupro.

Gosto de como a série constrói essas distinções de classe social dentro das escolas e as diferenças entre as instituições, em como a educação é apresentada a cada indivíduo,com as possibilidades de sucesso e fracasso trazidas de forma engessada, até cruel, principalmente nessa geração onde a competitividade que sempre existiu ganha novos desenhos a partir das redes sociais, que exigem o espetáculo e a exibição como um certificado diante dos outros indivíduos.

Episodio 2x5 - Nota 8.5 2017-01-16 05:54:10

Bem didática a lavagem de mãos de Leslie, mas me parece que cabe a ela um papel ainda mais desprezível, de orquestrar a montagem de uma mentira de consequências tão profundas pra Taylor, a mãe dele e quem mais foi atingido pela violência amparada pelos interesses pessoais da diretora, aquela que quer contemplar o espetáculo, apresentar o sucesso, desconsiderando o sofrimento por trás de tudo. Cada vez mais American Crime traz uma temporada pessimista sobre as relações humanas, apesar de eleger seus heróis e injustiçados de modo a elevar seu caráter. Em suma, é desconfortável em muitos momentos, assim como foi para a fotógrafa encarar com tristeza o fato da filha não entender significados mais profundos sobre empatia e responsabilidade para com outras pessoas.

Episodio 2x6 - Nota 8.5 2017-01-20 05:26:44

o mais triste é ver que eric é hostilizado não pela acusação de estupro, mas por ser homossexual

e esse final tão incômodo, com a insinuação de que a opressão física é a arma imediata dos covardes, tão realista e perturbador... mais um ótimo episódio de american crime

Episodio 2x7 - Nota 9 2017-01-20 06:38:59

o melhor episódio da temporada traz essa agonia tão latejante de Taylor, compartilhada com Anne, diante de toda essa situação trágica que podia ter acabado de maneira bem pior, aliás

esperemos que a diretora atente à situação de maneira mais responsável, já que agiu a partir de interesses particulares e totalmente supérfluos diante de tudo

atuações fantásticas, vale dizer... a segunda metade da temporada cresceu bastante

Episodio 2x8 - Nota 9 2017-01-21 00:10:16

Depois de todo esse processo, com tantas cargas emotivas sobre Taylor e a mãe dele, principalmente, imaginar essa tragédia repercutindo com tanta dor nos adolescentes e suas famílias já deixa um peso sobre nossas consciências enquanto agentes nesse mundo, o que fazemos para acolher o outro e para nos deslocarmos de nossas zonas de conforto em prol de um bem coletivo. Esses depoimentos sobre a tragédia de Columbine, que eu nem sabia do que se tratava, deixaram esse episódio ainda mais denso, ainda mais perturbador. Porque as dores de quem sofre com o preconceito e com a opressão e as dores daqueles que sentem as consequências da justiça com as próprias mãos, do revide, desolam a gente. Nesse passo, o que temos de esperar é a ação dos responsáveis por essas crianças às vezes tão mal resolvidas, ouvidas, educadas e tão mal preparadas para a capacidade de despertar, em si, a empatia para com aqueles indivíduos que se deslocam de um padrão imposto por uma sociedade de aparências.

Episodio 3x1 - Nota 9 2017-08-02 18:06:20

Trabalhadores explorados no campo e na cidade, os corpos usados e vendidos por pouco ou nada, nessa constante desvalorização do sujeito marginalizado; fazendeiros acuados diante da competitividade com produtores que usam trabalho em situação análoga à escravidão e dispostos a também fazê-lo para assegurar seus próprios lucros; um setor industrial sem nenhum pudor em fazer uso de produtos desses trabalhadores e pressionar para que essas condições de exploração continuem afim de garantir seu próprio e gigantesco lucro... esse episódio parece querer montar um cenário de convulsão, de exploração do homem pelo homem, de decadência moral dessa nossa cultura. Lembrou muito “Quanto vale ou é por quilo?”

A personagem de Kimara nessa saga de fazer seu trabalho de assistente social que não lhe rende o suficiente pra pagar as contas, lidando com tantas preocupações suas e dos outros, é um retrato triste nesse contexto todo. Igualmente, é ver como há tantas pessoas nessa situação de vulnerabilidade, como os adolescentes prostituídos e iludidos por um cafetão que tem uma conduta muito parecida com os encarregados das fazendas. Outra coisa terrível de constatar: como esses encarregados, recém-saídos de uma condição semelhante passam a ser cúmplices dos exploradores. Por agora, espero que Kimara tenha com Shae o sucesso que não teve com o primeiro menino. Seria um pequeno alívio diante de tudo.

Episodio 3x2 - Nota 8.5 2017-08-05 05:11:06

“Você se sente no direito de nos dizer como nos sentir com a morte de pessoas que nem conhecemos.”
Não conheciam, mas mantêm seus privilégios por causa do trabalho dessas e de outras pessoas como essas. É triste e nauseante saber que essa forma de encarar o mundo é mais comum do que se pensa. Toda a preocupação do marido de Jeanette foi sobre a dor de cabeça que a morte dos trabalhadores, o que trata apenas como mais um problema qualquer referente à fazenda, traria à irmã, provavelmente pela dificuldade de se arranjar mão de obra que substituísse os mortos. Consola um pouco que Jeanette tenha se comovido e preocupado e eu espero que ela rompa logo com a bolha na qual serve como o bibelô que, no primeiro ato de autonomia, é destratado.

Antes disso, a conversa entre Kimara e Abby (e como é bom ver Regina King e Sandra Oh contracenando, sobretudo com essas personagens) pareceu um diálogo que vez ou outra é presenciado em salas de professores de escola pública. A desesperança e a sensação de completa impotência diante de um sistema que oprime e consegue desenganar tanta gente e tantos sonhos é bem comum, infelizmente. E o mais triste é justamente o que ela ressalta: não bastasse o poder público se aliar às elites econômicas pra nos massacrar, as pessoas que ela quer socorrer tantas vezes não se dão conta de sua condição, conformadas diante de tanto desestímulo. Nesses momentos, mesmo as palavras cheias de boa disposição de pessoas como Abby, custam a fazer efeito. O que desperta um pouco mais de esperança é um ato como o de Luis e sua necessidade de reencontrar o filho por motivos de afetividade, sem esses interesses egocêntricos, aliada à capacidade e à coragem que não perdeu, de se revoltar.

Episodio 3x4 - Nota 9 2017-08-09 02:49:01

Isaac e Coy caem na mesma posição após a morte, mas ao primeiro não cabem mais vidas, enquanto o menino branco é socorrido e revivido pra mais uma vez escolher se morrerá ou não. Quando foi revelado que Isaac era o assassino de Teo, eu me decepcionei muito porque, na minha espera de previsibilidade, seria simples odiar o irmão mais velho e esperar que Luis o matasse. Mas não. Não é fácil ver que a maldade se entranhou em quem tinha certa sensibilidade, a quem parece que se estivesse em outros ambientes, com outras condições, sua conduta seria diferente. A quem foi sendo talhado nesse senso de selvageria diante do mundo e que acabou praticando os atos odiáveis que esperamos de outros.

O caso de Isaac desilude, sobretudo. Mas não só o dele. As pessoas boas enfrentando tanto sofrimento, tanto caos e exploração, é absolutamente triste e revoltante. Luis perde o filho e se torna um assassino; Kimara não consegue dinheiro pra fazer o tratamento e a inseminação; o passaporte de Gabrielle é “gentilmente” levado; Shae de novo volta à prostituição, afinal foi como ela conseguiu se manter longe do pai abusador e foi assim que se sentiu, embora tão enganosamente, emancipada... A pessoa boa de quem nos resta a esperança de alguma felicidade é Jeanette, branca e rica. Parece que nossas esperanças vão sendo minadas, como na realidade.


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