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Halt and Catch Fire By





Episodio 2x6 - Nota 9.5 2017-02-03 23:56:56

Apesar dessas jogadas e espertezas de Joe já serem velhas conhecidas, realmente me surpreendeu essa aposta que fez, tão certeiro, tão firme. Tive muita resistência a ele no começo da série, mas desde a segunda metade da primeira temporada, só consigo torcer para que ele, assim como os outros, consigam o sucesso e o reconhecimento que merecem.

Não sei por quem me comovo mais, se por Gordon ou por Donna. As situações exigem muita cumplicidade dos dois e isso foi se perdendo no decorrer de tantas ausências e conflitos nesse trabalho que inevitavelmente os consome.

Episodio 2x7 - Nota 9.5 2017-02-04 00:59:46

Mas que crescente linda a temporada vem apresentando nesses últimos episódios. Esse deixando entrever o amadurecimento de Cameron e certa redenção a Joe, os dois completando o tom de honestidade que Donna e Gordon trouxeram no início, assumindo seus medos e determinações, as ousadias que cabem a cada um.

Episodio 2x8 - Nota 10 2017-02-04 20:39:15

Quando Joe se dispõe a fazer as coisas mais corretamente, se preocupando com os outros, encontra um mundo de tubarões que pouco ligam pra ética. Provavelmente isso o impedirá de ir pra Califórnia, já que vai se sentir em dívida com Cameron e a Mutiny. Justo quando vislumbrou a felicidade com Sara.

De outro lado, cada vez mais o estado de Gordon desperta essa comoção, do gênio se perdendo na própria consciência, devido aos excessos dos quais não se poupou, ansioso em se provar. E esse grau de confusão aumenta justamente quando Donna precisa se empenhar mais intensamente na Mutiny.

Episodio 2x10 - Nota 10 2017-02-05 00:22:23

É impressionante como essa segunda temporada conseguiu cativar, principalmente na segunda metade, num crescimento muito bom de ver em relação à primeira. Acho que trabalhar o lado mais dramático dos personagens, enxergar as fragilidades de cada um e dar espaço a isso foi essencial pra essa mudança, como já disseram abaixo. Mas, vendo com mais distância, até essa diferença de abordagens funcionou como um espelho da própria série, já que vemos personagens mais jovens, cheios dessa energia característica dos inícios, cheios de vaidade e ansiosos por se provarem, na primeira fase... suas vidas passam a ser traduzidas no trabalho, o que transbordou na série. De modo bem significativo, a exceção na primeira temporada foi Donna, justamente porque a vida cobrou dela essa maturidade mais cedo, já que manter a família dependeu de sua figura. A segunda temporada, com todos ali mais calejados e amadurecidos pelos golpes do mercado tão competitivo, acabou por fazê-los enxergar outros aspectos da vida, para além do trabalho, o que fez nascer essa carga dramática em todos ali.

As reviravoltas estão a desenhar personagens bem mais interessantes, com bem mais camadas, como se espera. O bom de Halt é que ela conseguiu fazer isso com todos desse núcleo principal, ainda temperando com os ótimos personagens inseridos pra temporada, principalmente Sara e Tom. Os dois que foram responsáveis por apresentar a Joe e Cameron possibilidades de felicidade que eles não conseguiram assumir por terem essa coisa mal resolvida que tende a piorar apenas na próxima season. E toda essa trama de Gordon e Donna conseguiu comover sem apelar, sem partir pra os dramas excessivos.

Eu sou quase totalmente alheia aos termos técnicos de computação, mesmo os mais comuns, o que colaborou pra que a primeira temporada não me seduzisse tanto. No caso, foi mais um defeito da recepção do que da produção, ahaha... Mesmo assim, ver toda essa tecnologia amadurecer ali, todo aquele movimento, o ar de inovação, de desafios, de baques e glórias, tudo isso melhor traduzido pra um público mais amplo na segunda temporada, não pode deixar de ser reconhecido pela capacidade de encantar mesmo quem não é tão ligado na área, nos termos.

Episodio 3x1 - Nota 8.5 2017-02-05 15:34:19

E essa insistência de Donna e Cameron de concentrarem as grandes decisões nas suas mãos e somente nelas pode desencadear agora, a perda da grande ideia que foi apresentada e elas não só rejeitaram, como menosprezaram. O fato é que Joe vem com toda energia, sabe vender seu produto e sua imagem, tendo a capacidade muito singular de arrebatar as pessoas, como disse Gordon. Aliás, Gordon não consegue se satisfazer ali, como um coadjuvante. E, sinceramente, realmente não é o lugar dele, sendo tão competente quanto Donna e Cameron, cada um na sua especialidade. Tudo isso é transferido pra vida pessoal, não tem jeito.


Episodio 3x2 - Nota 8.5 2017-02-05 17:20:34

Esse episódio serve muito bem pra ilustrar como as mulheres encontram barreiras que vão muito além do campo técnico, das dificuldades de financiamento, dos negócios em si. A cena do jantar foi repugnante, tudo pensado pra aliciá-las, como se estivessem automaticamente dispostas ao sexo por serem mulheres e estarem à frente da empresa. Não tem como deixar de torcer mais por elas, para que consigam concretizar os avanços que planejaram.

Quando Joe convidou Gordon para a empresa, esperei que ele aceitasse por causa do espaço que conseguiria criar, pelo abrigo à genialidade que ele tem que domar e adormecer na Mutiny, justamente o que acontece com Ryan. Mas aquele final, com Joe se afirmando como todo poderoso perante Gordon foi tão salgado, que torço pra que este consiga promover alguma revolução no meio por conta própria. Ver como Joe se apropria dos sucessos que ele não cria mas vende, deixando sua imagem impregnada no produto, como quando Ryan se surpreendeu ao saber disso (e provavelmente também será vítima dessa sede no seu devido tempo), não deixa de incomodar, mesmo sabendo que o próprio Joe é cheio de seus próprios méritos e tem, inegavelmente, uma perspicácia singular sobre as novidades na computação.

Episodio 3x2 - Nota 8.5 2017-03-24 13:01:36

E infelizmente isso não se encerra à década de 80.

Episodio 4x2 - Nota 9 2017-08-27 22:47:58

"Eu acredito que aqueles (eu passo por isso, então, eu sei do que estou falando) que passam ou já passaram por horas conversando e compartilhando coisas (entre questões existenciais ou momentos mais descontraídos) por telefone com a pessoa amada conseguiram ver que isso entre eles foi muito bonito"

eu também passo, que coincidência :v
esses momentos tão compridos no telefone deixam o encontro mais bonito ainda < 3

Episodio 4x3 - Nota 9 2017-09-03 23:55:36

Halt & Catch Fire vem se construindo entre as quedas de Joe, Gordon, Cameron e Donna. Justamente porque a partir delas, os personagens parecem estimulados a fazerem aquilo que é muito difícil, encararem o grande desafio de serem os mais competentes de acordo com seus próprios códigos e/ou com os do mercado (que nem sempre coincidem, vide o jogo de Cameron). Então, esses baques não indicam nada além de que o que pensaram e fizeram, por mais inteligente que seja, às vezes não se encaixa - e já sabemos que é extremamente difícil fazer com que se encaixe... tentaram muitas vezes, entre falhas e sucessos.

Mas entre tudo isso, quando Cameron e Donna estão em maus momentos, há uma tristeza maior pra mim e é inevitável que eu sempre torça mais por elas... por isso é tão difícil vê-las em lados opostos, se engalfinhando nas palestras da vida e divertindo críticos com isso. O pior é ver as duas com suas parcelas de razão, embora Donna seja sempre vista com maus olhos, como a parasita que Cameron descreveu, pela ânsia em se manter no topo. Nisso, são completamente diferentes. A primeira sacrificou o sabor das descobertas feitas por si mesma, na dura, mas satisfatória labuta que virava dias e noites, pela estabilidade que visivelmente não a satisfaz tanto quanto esperava. A segunda, sacrifica muitas de suas possibilidades de sucesso e felicidade pela impulsividade e pelo medo, por mais paradoxal que isso possa parecer. De qualquer forma, quando estão frente a frente, sabemos que o espaço entre elas é preenchido por mágoas diversas, sendo a principal delas não terem continuado juntas. Estarem, agora, passando pelo mau bocado ao mesmo tempo só salienta isso.

Espero que Donna dê todo o apoio à filha. Principalmente porque sabe como foi difícil assegurar um espaço próprio nesse meio, enquanto mulher (a história sobre a gravidez de Joanie e como achou que precisava esconder aquilo pra se manter no emprego é bem ilustrativa). Isso implicando em um retrocesso em seu projeto e sua credibilidade na empresa, é natural que, antes de ceder, procure todas as alternativas. É esperado também que seja julgada por isso, mesmo que todos ali tenham cometido faltas muito parecidas.

Episodio 4x3 - Nota 9 2017-09-04 00:00:11

é engraçado ver como esse amadurecimento e o fato de agora eles terem dinheiro não implicou felicidade necessariamente... no fim das contas e nisso que eles colaboram pra construir e se tornaria um reino de coisas efêmeras, como é a internet (apesar de todos os seus bons elementos), o que fica mesmo é o sentimento entre eles... talvez esse seja o clichê mais bonito de todos < 3

Episodio 4x5 - Nota 9 2017-09-22 23:56:56

Entre os quatro protagonistas de Halt, Gordon é o mais tranquilo diante da vida. Talvez porque tenha sido levado a encará-la como é pra todos nós, efêmera demais. Mas só ele tem a promessa de que a falência do cérebro virá antes do que o normal e isso o transformou em um homem mais pacato e leve do que poderíamos supor quando fomos apresentados a toda aquela ousadia e urgência da primeira temporada.

Tem sido uma trajetória bonita de ver, o que não significa que nos priva dos momentos de angústia. Pelo contrário: o personagem mais estável e maduro é aquele que pode nos levar à angústia mais profunda, à espera assustadora pelo fim de tudo. Ao se desfazer de suas anotações, absolutamente desapegado, o sentimento provocado é uma mistura de libertação e desistência. É difícil perceber como a segunda pode determinar a primeira e eu espero que seus rumos indiquem certo otimismo apesar de tudo. Pra isso, o susto que todos levaram por Bos foi a gota que faltava. E se a doença de Gordon não promoveu a possibilidade de reunião dos quatro e de perdões sendo mutuamente concedidos, talvez o ataque de Bos o faça.

No mais, os melhores momentos pra mim, são de Cameron e Donna. Quando a primeira encara o amor por Joe, mais uma vez: como isso afeta sua vida, como ela tem medo de se deixar afetar, mas como deseja se libertar do medo de ser abraçada e sustentada por outra pessoa. E é aqui que Donna entende um pouco mais de Cam. Através do espelho que é o seu jogo, o personagem que vaga em busca de quem se conduza, com ele, ao sentido de tudo, depois de ter aprendido a ser determinado, mas paciente (quase como Gordon é). Diante dessa relação conturbada das duas, eu ainda torço pra que baixem a guarda logo e permitam realmente se conhecer para além do profissionalismo que as uniu um dia.

Episodio 4x5 - Nota 9 2017-12-26 17:18:10

Essa última temporada foi um deleite mesmo, Jean. Nada menos do que a série merecia. :3

Episodio 4x7 - Nota 10 2017-10-09 08:22:56

“who needs a guy?”
Eu só me apeguei aos personagens de Halt a partir da segunda temporada. Perdi muita coisa na primeira, ignorante completa sobre os termos técnicos que eles não cansavam de usar e sobre todas essas operações na revolução da internet. Mas a narrativa deu um salto nesse sentido, de fazer com que nos preocupássemos com os quatro com o carinho e a intimidade que geralmente nem dedicamos aos “grandes personagens”. Porque estes parecem complexos demais, esses casos de singularidade a partir dos quais se escrevem artigos com análises psicológicas e filosóficas. Em Halt não é assim. Esses nomes não figurarão como lendas nesse sentido. São como amigos que poderíamos muito normalmente ter tido, com personalidades absolutamente comuns, apesar de inseridos nesse contexto tão inusual para a maioria de nós. Então esse apego e empatia toda não foram algo anunciado ou esperado pra mim, mas sendo construído episódio após episódio, em todas aquelas situações, entre quedas e satisfações, como o correr normal da vida faz às pessoas sem tão distintas singularidades, de novo, como a maioria de nós.

É por causa desse sentido de proximidade que a morte de Gordon me fez querer abraçar os entes queridos. Porque um dia eles não estarão mais do outro lado da linha, ao telefone. Um dia haverá apenas a ausência que abalou Donna, silenciosamente arrasou Joe. Esse episódio construiu os últimos momentos desse personagem que se fez tão amável de um modo a deixar tudo mais comovente no final, o que só se aprofunda quando decidem dar espaço às reações daqueles que ele amava e que o amavam. Não há um salto entre o corpo encontrado e o velório, mas a cadeia de ligações, a notícia se espalhando, tudo fazendo sentir que também estamos em meio àquilo.

E assim, há as insinuações preciosas de Halt. Gordon fez parte de uma revolução no seu campo, quis reconhecimentos, conseguiu muitos, garantiu uma condição financeira estável, teve seus momentos de glória. Mas não foi disso que ele lembrou enquanto morria. Quando queimou seus caderninhos alguns episódios atrás, estava mais do que evidente como se desfez de um ego vaidoso. Quando cede a Joe em um plano de trabalho tão simples, mas que poderia facilmente, nos tempos antigos, gerar uma grande contenda, evidencia novamente seu desapego (no bom sentido da coisa). Mas essas memórias em retrospectiva são o retrato mais bonito de como ele traduz o significado de ter vivido, como encontrou o sentido de tudo no amor da família que foi construindo com Donna no meio da normalidade de uma rotina da qual poderia ter desfrutado melhor, se tivesse aprendido mais cedo o valor dela. Ciente do que lhe coube e conformado ao que suas escolhas o fizeram colher, Gordon não era pleno em felicidade. Mas tudo estava bem, Donna, as meninas, os amigos se reequilibrando, ele fazendo parte disso. Isso me parece gratificante o suficiente, deve fazer valer a vida.


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