Episodio 1x1 - Nota 8 2020-11-02 23:20:24Katey DEUSAÓbvio que o que vai ter de piada datada nem dá pra contar, mas é preciso reconhecer o que séries como essa ajudaram a construir na TV. E aqui, especialmente, há toda uma desconstrução da imagem da família perfeita que só existia na propaganda do sonho americano. Adorei esse começo! |
Episodio 1x1 - Nota 8 2020-11-02 23:22:16Já adicionei na grade porque adorei de cara, mas esse comentário é um incentivo e tanto pra esses trocentos episódios que tenho pela frente, hehe |
Episodio 1x2 - Nota 8 2020-11-03 00:03:05A discussão sobre a insatisfação sexual das mulheres esposas, principalmente depois de tantos anos de casamento, segue necessária e atual (pra não falar em situações de violência e abuso, como o estupro marital, que não é o caso aqui, mas eu espero que a série aborde em algum momento). E é isso, por mais que se coloque sobre as esposas o peso de manterem o interesse sexual no universo do casamento, tanto dela quanto do marido, essa perspectiva de conformação a um modelo que passa a vê-las como desprovidas de desejo ou incapazes de satisfazer seu homem (o que envolve inclusive concepções muito perversas sobre vulgaridade/dignidade), principalmente após a maternidade e a meia-idade, tende a levar os maridos a, como Al, dizer que Peggy poderia ser a miss universo, no sentido de se enquadrar no padrão de beleza, mas ele ainda perderia o interesse. Infelizmente não é algo que foi superado nesses 30 anos, apesar, logicamente, dos avanços que construímos. |
Episodio 1x3 - Nota 8.5 2020-11-03 01:09:59Era o final da década de 80. Um jovem expulso do exército se preparava pra mamata que duraria mais de 30 anos, acostumado às ideias rasas feito seu próprio cérebro. Assistia esse diálogo entre Marcy e Al sobre a maneira mais violenta de punir ladrões de brincos e rádios quando disse: por que não usar o cachorro, os anzóis e o revólver? Foi eleito presidente da República do seu país algumas décadas depois. Contam que agora fantasia sobre métodos um tanto invasivos pra tratar o que chama de gripezinha que não atinge atletas como ele, mestre das abdominais. Contam também que o povo que ele governa tá no Bad Place (tchau, The Good Place) e não sabe, apesar dos incêndios por toda parte. |
Episodio 1x4 - Nota 8 2020-11-03 20:00:03Não gosto do joguinho antiquado que reproduz uma romantizadora "guerra dos sexos", mas as astúcias de Peggy pra se vingar de Al são bem engraçadas. Ver esse pequeno trambique que eles quiseram dar em Marcy e Steve demonstra como, apesar de tudo, eles constroem certa cumplicidade, o que vemos mais intensamente no episódio do cachorro.Gostaria de ver mais das crianças. Não sei se foi o caso de Toma Lá Dá Cá ter tomado Married with Children como referência, mas o formato daquela lembra muito essa série aqui. |
Episodio 1x5 - Nota 8 2020-11-03 12:20:27Deu pena de Al. Deprimente quando ele volta e liga a tv, sem muitas perspectivas a não ser fazer isso até morrer. Lembra o velho Raul cantando sobre o ouro de tolo. Aqui, além de tudo, a família ainda tem de lidar com as limitações financeiras. E se é engraçada a piada sobre os filhos não irem pra faculdade, é triste pensar que tantas famílias precisam escolher entre se dar pequenos prazeres, como ir ao restaurante de vez em quando, e juntar dinheiro pra pagar essa conta dos estudos.Gosto muito de como retratam essa violência contida pela aparência pacata e até mesmo um tanto carismática de Marcy (e que não é algo exclusivo dela, de sua personalidade, mas um fenômeno social que hoje mostra resultados catastróficos pra os EUA). Gostando muito desse começo da série. |
Episodio 1x6 - Nota 7 2020-11-03 00:30:44Muito triste ver Peggy pedindo desculpas por supostamente "não trabalhar". Muito triste também essas armadilhas do consumismo e essa necessidade de presentes pra demonstrar afeto. Mas, fofo o final, com os dois reconhecendo o que importa mais. |
Episodio 1x9 - Nota 8 2020-11-03 21:19:33Quem acha que lixo de vegetariano não fede nunca sentiu o leve odor de um agrião estragado, hehe"Oh, homens. Deus os ama. São só crianças com salários." Peggy sem querer trabalhar fora, ahahahahha... achei que sentir o gostinho da emancipação a faria mudar de ideia, mas esse trabalho também não ajudou. Sobre essa coisa dela não fazer o trabalho de casa, acho um pequeno furinho da série, já que tudo tá sempre arrumado. Katey e Ed são muito carismáticos < 3 |