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Mad Men By





Episodio 2x9 - Nota 9 2014-06-18 23:02:08

Há uma insegurança em Don que me chama a atenção há tempos. Achei que isso fosse ser resolvido depois de sua história na guerra ser contada e sua identidade revelada.
Mas ele segue com uma postura que transita da firmeza quase intransponível a momentos de transparência, quando aparecem as dúvidas sobre quem ele é de verdade, sua essência, para além da imagem que construiu com tanto afinco, que acaba por quase convencer-se dela e sem dúvida, convence quem o cerca.
Don Draper é disfarce para aquele menininho cheio de curiosidade, que foi ver o símbolo com o qual um estranho definira seu pai. Ansioso por saber qual símbolo seria o dele próprio, segue, construindo outros como ele, como provavelmente acontecerá com Peggy.

Episodio 2x13 - Nota 10 2014-06-23 15:45:28

Esses dois episódios finais fizeram valer a temporada.
A sequência de acontecimentos com Don fortaleceu em mim a ideia de que ele é mais inseguro do que aparenta quando chega na empresa, fazendo daquele terno sua armadura.
É muito bom ver esse personagem inquieto, desassossegado consigo mesmo, buscando estruturar-se em sua vida pessoal, contracenando com a firmeza profissional, com a consciência de ser o melhor naquilo que faz. São duas faces que se completam especialmente nele.

Essa insegurança na vida pessoal é o que Peggy parece não ter. Talvez isso seja trabalhado mais adiante, mas até então ela vem demonstrando uma racionalidade e uma capacidade de administrar seus problemas de uma forma bem madura.
A cena dela contando a Pete sobre o filho foi linda, completa, algo que eu esperava desde sua saída do hospital.
Tenho muito carinho por Peggy porque ela representa, naquele contexto, a fuga do lugar-comum da figura feminina. Mais ainda que Joan, que usa todas as armas possíveis para se sobressair e sobreviver em meio a um mundo tão machista, Peggy está determinada a não curvar-se aos homens. Foi muito significativo ver a conformação de Joan diante do estupro (espero que isso seja bem trabalhado depois) e a altivez de Peggy diante da inveja de seus colegas por ela ter conseguido a sala, diante de Pete, seguida da clara tranquilidade que ela esboça quando se prepara pra ir dormir, tendo absoluta consciência de como cresceu, de como amadureceu.

Episodio 2x13 - Nota 10 2014-06-23 15:48:54

A admiração contida de Pete por Peggy é bonita de se sentir. Ele é consciente do quanto Peggy cresceu. Estou curiosa pra saber como vão tratar essa relação após a revelação que ela fez.

Episodio 3x2 - Nota 9 2014-06-23 21:13:11

Peggy me mata de orgulho <33

E que cena linda a de Don observando a dança e sentindo a alegria da professora, a busca por captar a mesma sensação de vivacidade.

Episodio 3x2 - Nota 9 2014-06-24 04:30:59

É, uma analogia a isso mesmo, rs. Mas ali não é diretamente isso, já que eles ainda não tiveram contato, ela não teve acesso às intenções dele, ainda. É certo que Don é mulherengo, assim como é certo que ele busca sentir algo. Não o sentimentalismo bobo que ele vende nas propagandas. Mas esse desejo, essa vontade e sede de contato. No caso, primeiro sentindo a grama que ela pisava tão distante dele. Pra depois tentar sentir outras coisas, claro, rs.

Episodio 3x7 - Nota 9.5 2014-06-29 21:44:50

Eu vejo Peggy como uma "Don" jovem. Penso que é por isso que ele a considera tanto, porque enxerga a si.
A ambição dela estava mesmo precisando de uns toques, uns limites, mas não deixa de ser compreensível essa ânsia que ela tem. É um ambiente essencialmente masculino e Peggy não apenas acaba por tomar certos espaços (como aconteceu com a sala), mas se destaca dessa forma.
A mulher mais ousada que adentrou a empresa foi Joan, que agora sai pra casar com um machista, aceitando até então, o espaço que ele oferece.
Parece mesmo uma cadeia evolutiva a tríade Peggy - Don - Cooper. Tanto que, assim como as asas de Peggy são podadas por Don, nesse episódio, as dele também são, por Cooper. Foram relações e diálogos bem parecidos.

Episodio 5x4 - Nota 10 2014-07-19 22:20:53

Que episódio denso e bonito!
Gosto demais de como Mad Men trabalha as questões sociais, com essa profundidade apresentada de forma tão sutil. Não canso de admirar a construção de Peggy, tão segura de seus feitos e tão consciente de suas falhas. Vejo nela algo muito real, sólido, diferente de todos os outros personagens que acompanho (o que certamente deve muito à atuação de Moss).

Sobre Joan, quando vi o episódio do estupro, não achei que fosse demorar tanto pra que isso fosse mencionado. E já não esperava mais que fosse, pensei que a série ia tratar como algo meio que banal na época, diante da opressão a qual boa parte das mulheres se sujeitava. Foi uma grata surpresa esse episódio ter vindo à tona, especialmente nesse momento tão complicado na vida de Joan, quando ela mais precisava de um apoio. Demonstrou a coragem que eu sabia que ela tinha, mas estava guardada, acomodada e personificada na imagem da secretária altiva e eficiente.

E como é bonito ver as rupturas entre os conceitos das gerações mãe/filha, desde Peggy. Foi assim entre Joan e a mãe e é assim há tempos, entre Sally e Betty. A ousadia em questionar os padrões e os limites, os modelos de comportamento, me deixa feliz com as analogias, as problematizações com as questões tradicionais e a contextualização impecável até então.

Outro plot lindo: Sally com a mãe de Henry. As diferenças entre de criação das filhas em épocas nem tão distantes assim, mas tão distintas, mostram como os conceitos vão se modificando de forma rápida nesses meados do século XX. Para Sally, a menina que foi atendida por uma psiquiatra para solucionar seus "problemas de comportamento", foi estranho ouvir a narrativa sobre como esses mesmos "problemas" eram geralmente resolvidos antes. Que bonita a aproximação das duas...

E com quanta inteligência abordaram as formas de defesa das mulheres, além da luta cotidiana de Joan: a faca (mãe de Henry) e a união/persuasão (Peggy e a secretária). Quem não tem nenhum desses recursos corre o risco de ser asfixiada pelos Dons da vida, mesmo na forma do delírio, ou morta por algum serial killer.

"Você sabe de que eu estou falando"... Joan <3
"Temos que permanecer unidas. Eu também já fui a única diferente por lá"... Peggy <3

Episodio 5x7 - Nota 10 2014-07-20 14:24:01

Adoro quando Peggy e Joan conversam, se aproximam. E o modo como Peggy ficou feliz por Megan foi lindo. Caminha pela lógica do "manter-se unidas" diante daquele ambiente tomado por homens e seus conceitos.

Demorei pra simpatizar com Megan, mas esse episódio me fez percebê-la de uma forma mais profunda. Vê-se claramente na cena com Peggy que ela esperava uma sensação de vitória e satisfação mais intensa depois da conta com a Heinz. Penso que a presença do pai a desestabilizou, colocou dúvidas sobre sua realização profissional. Ela gosta do que vem fazendo, gosta de provar a si mesma que não precisa do apadrinhamento de Don, mas há uma dúvida muito incômoda sobre se é isso que quer fazer da vida.

E Sally me conquista mais a cada episódio, com suas percepções e considerações bem maduras e espontâneas sobre o mundo. Mas eu realmente não suporto aquele menino com quem ela conversa, Glen.

Episodio 7x6 - Nota 10 2015-02-03 01:26:37

Antes de mais nada, devo declarar meu amor por Peggy, personagem que cresceu muito, de forma linda, lúcida.

Que saudade eu tava dessa cumplicidade ente ela e Don. Essa segunda parte do episódio me lembrou "The Suitcase", meu preferido até aqui. A imagem de admiração mútua que foi construída, de respeito pelo trabalho um do outro, de identificação profissional, faz com que a gente queira contemplar essa relação de cumplicidade tão profunda.

Além de tudo isso, a perspectiva que é constante na série, de abordar o ponto de vista das mulheres enquanto aquelas que galgam seu espaço de forma independente, mas consciente do mundo machista que as cerca. Sentimos isso quando Peggy cede a apresentação a Don e em dois momentos com Joan (também divina), quando nega-se a casar por conveniência e quando se põe como resistência ao novo sócio, na empresa.

Atuações fantásticas, aliás, que conseguem traduzir todas essas intenções. Diálogos que trazem toda a carga de experiências entre os dois, deixando a narrativa mais geral bem amarrada... Que episódio lindo esse, com um desfecho tão significativo, mostrando como Don, Peggy e Peter se identificam com aquele trabalho, como ele importa e protagoniza a vida deles. E, ironicamente, nos convencem que Mad Men, especialmente aqueles três, conseguem chegar ao significado de "família" que querem vender no comercial. Somos arrebatados, como a empresa de sanduíches. Seduzidos pelo charme, pelo talento e pela emoção reunidos ali.


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