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The Haunting By LucaSP





Episodio 1x1 - Nota 8 2020-02-15 11:49:19

Foi um piloto que flui muito bem, apresentando as personagens mas sem se aprofundar muito nelas (mantendo um foco em Steven), nem no que aconteceu. Se em alguns casos isso poderia deixar o episódio um tanto superficial, aqui funcionou no sentido de gerar curiosidade no espectador e não ficar muita informação logo de cara. E ainda que tenha se visto apenas uma pouco da vida dos irmãos, é interessante notar como eles se encontram completamente ferrados - caso dos mais novos - ou trabalhando em algo relacionado com a morte.

O que eu não gostei tanto foi da (pavorosa) fotografia. Para uma história de terror, abusaram muito de tons mais quentes, que trazem uma sensação de tranquilidade/aconchego que não combina com nenhum período, retratado aqui pelo menos, da vida das personagens. Gostei mais (e foi bem mais coerente) do uso de tons frios, mas ainda achei que pesaram a mão na intensidade, o que tirou certa naturalidade da série.

Episodio 1x3 - Nota 8.5 2020-02-18 13:16:14

Incrível a capacidade do seriado em investir na atmosfera, priorizando a criação de um ambiente denso e momentos de tensão, do que sustos gratuitos.

Essa abordagem de dividir o foco de cada episódio para uma personagem também é muito boa. Normalmente, histórias de terror erram em não investir tempo para que o público se familiarize e crie simpatia com suas personagens. Aqui, aproveitando muito bem o tempo dos episódios, primeiro vem se investindo nesse lado dramático, especialmente na forma como cada irmão lidou com os traumas, para após explorar o lado aterrorizante.

Por fim, Theo é a personagem mais interessante até agora. Muito bom como o episódio inteiro deixa pistas a respeito da sensibilidade dela, especialmente na postura desconfortável que ela mantém abraçando as pessoas, ou mesmo no uso das luvas para evitar o contato direto. Ao mesmo tempo, no final, quando ela pede para ser tocada, é como se ela usasse esse dom como uma forma de escapar das próprias memórias.

Episodio 1x5 - Nota 8.5 2020-02-23 11:24:27

É muito significativo e ao mesmo tempo aterrorizante que Nell seja o fantasma que a assombra. Todos os irmãos de certa forma estão presos no passado, reféns dos próprios traumas e medos e justamente a primeira a tentar enfrentá-los acaba os desencadeando.

Gostei bastante de como o episódio retrata a vida dos gêmeos quase como um contraponto uma da outra. Quando Nell estava dando um jeito na sua, casando e chegando perto da felicidade, Luke estava no ápice da dependência química. Já quando ele começa a superar o vício, ela começa a afundar, tendo mais visões, largando a medicação, chegando até a fatídica visita a casa. É como se os espíritos revesassem entre eles.

Por fim, Heavenly Day nunca mais será a mesma depois desse episódio.

Episodio 1x10 - Nota 9 2020-03-03 14:36:26

Foi um final que ao invés de priorizar o terror, apostou numa abordagem dramática, indo ao fundo no psicológico de cada personagem, expondo seus medos, traumas e fragilidades. Ao mesmo tempo, fechou muito bem a narrativa, conectando as pontas soltas no decorrer dos episódio.

Gosto bastante dessa ideia de que as próprias personagens são responsáveis pelos seus medos - que novamente aparece aqui. Algo que pode ser visto tanto no sentido delas terem contribuído para o surgimento deles, quanto serem as encarregadas de superá-los.

Baita série e uma bela surpresa no gênero.

Episodio 2x2 - Nota 8.5 2020-10-09 20:58:06

A coisa que mais me chamou a atenção na ótima primeira temporada foi como o terror era um elemento secundário, usado para trabalhar o psicológico de cada personagem, isto é, seus traumas e como o passado moldou o presente deles. Estava preocupado dessa temporada acabar deixando esses contornos dramáticos de lado, afinal a timeline principal aqui está focando justamente nos eventos sobrenaturais - enquanto na temporada passada estes se situavam, praticamente, no passado. Esse episódio veio para mostrar que apesar dessa mudança, a essência segue a mesma.

Muito bom entender um pouco mais da personalidade de Miles, especialmente porque o personagem é cercado por uma certa dubiedade, sendo por vezes apenas uma criança curiosa, por vezes soando assustador. E é interessante como o episódio sabe jogar bem com essa imagem dele, criando momentos que flertam com o tenso, mas que, na mesma medida, podem ser apenas inocentes. Por exemplo, ele falando que deveria ter feito pior com a pomba ou ele sufocando a Dani - da mesma forma que ele fez com o garoto da escola, por sinal - são momentos que dão um ar mais sombrio ao menino, porém, no primeiro caso, ele queria apenas ser expulso da escola para voltar para a casa e no segundo pode ser que era apenas uma brincadeira para ele. Ainda assim, deixaram no ar o que aconteceu antes dos flashbacks desse episódio e no meio tempo entre eles e o presente, mantendo assim o suspense em torno do personagem.

Episodio 2x6 - Nota 8.5 2020-10-10 13:14:30

The Haunting of Bly Manor vem sendo uma temporada sobre culpa e remorso. Mais do que por espíritos, as personagens vêm sendo assombradas por o que elas mesmas fizeram ou pelo que deixaram de fazer.

O caso de Dani para mim é um dos mais interessantes. Não acredito que o ex morto dela seja real, mas apenas uma forma que ela encontrou para se punir. Ele sempre aparece ou em reflexos ou quando ela está chegando perto de ser feliz, como se fosse uma barreira que ela mesma se impôs para não seguir a vida. Dani não consegue olhar para si mesma e não se acha merecedora de ser feliz, logo ele se manifesta exatamente nessas horas como um lembrete disso. Henry, o foco desse episódio, está na mesma situação, se trancando no trabalho para evitar pensar no que fez com irmão, o que, indiretamente levou ele e a esposa para morte. Ele se atormenta consigo mesmo porque não consegue viver com o que ele fez e, por consequência, com si mesmo.

Há também Hannah que, apesar de já não estar viva, também segue tendo o seu próprio castigo, revivendo o que aconteceu entre Peter e Rebecca e quando este possuiu Miles e a matou. Não acho que esse loop que a personagem está presa seja apenas ela em negação com a morte, mas também ela enfrentando os sinais que deixou de reparar, tanto em relação ao casal, quanto com o menino, o que acabaram causando sua própria morte - e, possivelmente, mais tragédias ainda não claras até esse momento.

É interessante notar que nenhum dos três são realmente culpados do que aconteceu, mas isso não os impede de projetarem essa responsabilidade para si mesmos. Se a primeira temporada trouxe uma representação literal de sermos os nossos próprios fantasmas, essa segue uma premissa parecida. No fim, o que nos atormenta é não conseguirmos viver com nós mesmos, com quem somos, com nossos erros, com a nossa (inexistente) culpa.

Episodio 2x9 - Nota 8.5 2020-10-10 22:05:33

Achei o início do episódio um tanto forçado, com Dani sendo arrastada por um bom tempo e ainda assim permanecendo consciente e conseguindo correr até o lago, enquanto Henry desmaiou em segundos, ficando entre a vida e a morte. Além disso, não curto muito essas soluções que envolve todo mundo chegando na hora certa. Entretanto, como foi bem dito no episódio não era uma história de fantasmas e, sim, uma história de amor - ou, melhor, histórias - e foi nisso que o episódio acertou em cheio.

Uma história de amor entre mãe e filha. Uma história de amor entre um homem e sua cunhada. Uma história de amor entre duas mulheres. Um amor, que em nenhum dos casos veio sem alguma consequência, sem algum obstáculo, sem alguma culpa. Muitos inocentes acabaram mortos, envolvidos no meio dessa história, até que no fim a última inocente fizesse o sacrifício final, sacrificando justamente a chance de viver seu amor.

Eu tenho minhas dúvidas se Dani realmente foi possuída ou se ao proferir a frase o espírito da Viola percebeu que era um fantasma e se libertou da mansão, levando os demais com ela. A frase "it’s you, it’s me, it’s us" acaba sendo bem simbólica nesse sentido. No fim, Dani nunca conseguiu viver plenamente com a ideia de viver sua história de amor e esse desfecho dela acaba indo ao encontro disso. Acredito que ela foi atormentada por essa ideia que tinha um espírito a seguindo até se suicidar no lago.

Se a primeira temporada teve Heavenly Day, esta teve I Shall Believe para tocar num dos momentos mais bonitos e tocantes, acabando com qualquer resto de emocional. A atmosfera de Bly Manor pode ser sido menos tensa que Hill House, mas, em termos de drama, não deixou nenhum pouco a desejar em relação à antecessora.


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LucaSP

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