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Le Bureau des Légendes By





Episodio 1x1 2018-01-06 15:08:01

Não é um piloto lá muito empolgante, mas a série promete focar no trabalho de espionagem mais clássico, sem muito reconhecimento (na linha de Berlin Station), mas perigoso como aquele tipo que vemos em Homeland, por exemplo. Infiltrar-se sempre envolve muita tensão e ver uma história sobre espionagem moderna deslocada da CIA pede que se dê chance a mais alguns episódios. Esse treinamento da espiã que vai a campo lembrou as histórias de livrinhos de bolso de banca de jornal :3

Episodio 1x1 2018-10-22 21:43:11

Cuida em me acompanhar

Episodio 1x4 2018-02-04 01:50:30

O espião francês e a espiã síria se apaixonam enquanto planejam e executam missões, encontrando-se em campo, envolvendo-se sob as máscaras que sustentam, em uma coincidência quase inacreditável. Como isso poderia facilmente descambar em uma narrativa pedante e enjoada... e como é bom ver que a série promete justamente o contrário. é o tom de uma espionagem clássica que pede paciência diante do ritmo lento das operações ao mesmo tempo em que nos joga em momentos que funcionam como reduto de espontaneidade em um contexto para o qual os disfarces são inevitáveis. Espero que Nadia corresponda às expectativas que a narrativa foi gerando sobre ela, assim como Marina.

Episodio 1x5 2018-02-08 10:08:47

Enquanto Malotru, com tantos anos de experiência, sabe como é importante ter consciência de que os treinamentos devem ser constantemente lembrados de sua importância, Marina começa a passar pelas experiências dele. Esse paralelo entre o experiente e o inexperiente, entre o profissional e a iniciante, além do orgulho que tanto Marie-Jeanne quanto o próprio Malotru têm da jovem, permitem ver como os reconhecimentos nesse meio são discretos, tímidos, para que as realizações sejam ousadas e possam fazer diferença em uma era de exibicionismo armamentista entre as grandes nações. Esse trabalho de espionagem, desde a atenção aos detalhes (que fazem mesmo toda diferença) até à confiança no próprio instinto, na certeza de que o inimigo pode ser tão esperto quanto você, demanda um autocontrole impressionante. Se permitir apanhar por outro (no caso de Malotru) e se permitir apanhar por si (Marina)... não dá pra saber em qual caso a tentação de se revelar é mais intensa. Há de se ter um desprendimento das vaidades no primeiro caso e saber se valer delas, no segundo. Olhar-se no espelho e ver que é suscetível a ter o rosto marcado apenas por um espancamento de rua; no final, dizer orgulhosa ao seu algoz que sabia passar por um treinamento, ciente do efeito que lhe causou.

Outro paralelo será mais doloroso. Enquanto Balmes leva acidentalmente papéis confidenciais, sem sofrer consequências por isso, aquele que o perdoa deve sentir toda a angústia de ter cometido o ato falho ao guardar a identificação da filha. Mas em meio a tudo isso, acompanhar o passo a passo da construção do personagem e os modos como a série apresenta sua inteligência é por demais instigante. A exemplo de como sabe que a faxineira seria a enviada dos sírios para fiscalizar seu quarto e que ela, por não ser uma espiã profissional, não teria o cuidado de repor o pozinho da borracha na página marcada. O bonito é que em resumo a isso, ele assinala bem seu sentimento por como leva a vida e as consequências disso: sem tristeza, mas com uma melancolia quase indisfarçável.

Episodio 1x6 2018-02-16 15:50:05

Era uma questão de tempo para Balmes se perder em algum momento. Ela não é acostumada a esse ritmo, foi praticamente jogada ali e não sabe lidar com a descrição que o ofício em uma agência de investigação exige. Claro que todos vão se reservar diante dela e sinceramente, na maioria das vezes parece Marie-Jeanne e Malotru conseguem avaliar melhor, inclusive ela mesma. Espero que cedo ou tarde encontre seu equilíbrio e que sobretudo não atrapalhe o desempenho de Malotru que não tem nenhuma síndrome, apenas desempenha com maestria seu papel. Inclusive sabendo os momentos de expor suas fragilidades. Por enquanto, essa disputa que o diretor criou promete trazer atrapalhos significativos. E a cada evento, Nadia parece ser o sacrifício diante de tudo. Para essa história também esperava um equilíbrio e gostaria que a personagem tivesse sido melhor desenvolvida. Ainda assim, é bom ver outra mulher caminhando com tão bom desempenho, como Marina. Também gostaria de ver mais sobre Marie-Jeanne.

No mais, os russos chegaram.

Episodio 1x7 2018-02-16 16:17:02

A possibilidade do apego nunca será descartada, Marina. A série, aliás, é sobre isso, em paralelo a um esforço homérico em saber a hora de se separar do outro, daquelas pessoas que usou de tantas formas. Definitivamente envolver a vida privada de inocentes faz com que se pense em alternativas pra sua própria vida, mesmo que isso signifique rever sonhos e passar pelo doloroso processo de se valer de machucados alheios. A crueldade convive com o remorso e alguns agentes nunca deixarão de sofrer pelas necessidades que o ofício impõe. Malotru sabe bem disso.

Episodio 1x8 2018-02-16 16:17:36

Espero que as consequências para Nadia não sejam tão graves, mas que orgulho por ela ter mantido sua ideologia, em uma visão mais inteligente sobre como atuar entre radicais que definitivamente não perderão o poder se ela arriscar tudo, inclusive sua família. Ficar na França e aceitar o recrutamento lhe exigiriam sacrifícios grandes demais, bem maiores que uma relação com Malotru. E um dos perigos em se ver uma série francesa sobre espionagem é comprar rápido demais a romantização das “potências democráticas” que visam espalhar pelo mundo sua iluminação política e filosófica. Aqui, vemos personalidades diversas por todos os lados e em todos os sotaques, líderes dispostos a sacrificar, a desenganar, a usar e a compensar de acordo com seus interesses. Nesses entremeios, a série é realmente caprichosa ao pensar nas ações cotidianas entre os espiões, o que enfrentam, o que são levados a superar e a ajustar, a exemplo de como Marina foi treinada pela excelente Marie-Jeanne.

Agora, os russos chegaram com seu jogo duplo, especialmente atentos aos movimentos, assim como esse espião que provavelmente atuou pela CIA no fim da guerra fria e agora testa a lenda de Paul/Malotru. Le Bureau des Légendes atenta pra como as guerras são causadas ou prevenidas ainda nesses bastidores, como um agente pode danificar todo um processo e qual o preparo das agências pra conter os estragos. Nesse início de século XXI, a cooperação entre esses serviços de inteligência que estariam pretensamente “acima da política” deve mesmo ser essencial pra evitar mais uma guerra mundial, desempenhando papéis que nós nem devemos imaginar.

Episodio 2x2 2018-08-04 15:02:22

Malotru, apesar de toda a inteligência e instinto, já que sabe muito bem manipular os recursos que domina com essa pitada de risco e aposta (embora muito bem medida... aliás, o cérebro dele deve funcionar com um cálculo de probabilidade de erro/ acerto das jogadas que faz), está cercado por espiões que lhe acompanham nessas características, o que deixa a narrativa realista, nos multiplica as perspectivas e humaniza-os todos, cada um tendo que lidar com os desafios de aliar sentimentos e eficiência nas operações no compromisso de sempre colocar estas acima daqueles. Nem sempre é possível, como acontece a Malotru. Com ele, pelo que vimos, pela primeira vez na sua carreira, o movimento é diverso e a ironia da temporada tende a ficar na sua relação com a nova espiã, quando o pede para ensiná-la a mentir em prol das missões da agência, enquanto ele mente para priorizar o sentimento, na escolha que fez para salvar o amor e, ao mesmo tempo, honrar seu compromisso pessoal/profissional com a vítima, quando viu que não conseguiria seguir por outra alternativa. Essa carta vai se tornando pesada, aliás, porque carrega a confissão da consciência pelo que fez a cada colega envolvido nas operações.

Duflot é muito esperto. Talvez a figura mais respeitada pelos colegas, reunindo à experiência essa capacidade de farejar incongruências, deslizes, os mínimos, já que nesse mundo o diabo está literalmente nos mínimos detalhes. Marie-Jeanne parece que conseguiu se desapegar de Malotru inclusive ao ponto de agora passar a pô-lo em suspeita, muito porque realmente não consegue evitar esse apego junto aos agentes com quem se corresponde. E Marina não é qualquer agente: a veterana a viu ser recrutada e treinada, testemunha seus esforços e seu sucesso, notadamente promissora diante de todos os testes de fogo pelos quais passou com louvor. É ótimo ver Marina em campo. Agora, todos os riscos que a escolha de Malotru assumiu se voltam contra ela, da CIA à Guarda Revolucionária Iraniana. Que série < 3

Episodio 2x3 2018-08-04 20:38:31

Que dia ruim para a consciência de Guillaume enquanto Nadia e Marina correm o risco de morte e tortura. Ao mesmo tempo, é impressionante como essa rede de contatos e informações vai sendo tecida entre as desconfianças que atiçam a investigação e os protocolos que geralmente a vai limitando.

No mais, essas reflexões de Malotru dariam um livro fantástico depois.

Episodio 2x4 2018-08-04 22:15:42

"Se alguém descobrir, você está demitido"
Parece aquele quadrinho em que a ordem vai passando pela hierarquia, na reprodução ironizada da autoridade opressora. Aqui, como um alívio cômico diante de tanta tensão, serve ainda para demonstrar como Duflot está cada vez mais seguro do que persegue. Quando parar pra pensar nos desvios de trajetória de Marina e como Guillaume, ou Malotru, como ainda o chama (e não à toa), trabalhou para assumir a direção de sua missão, talvez veja nisso a prova de sua hipótese. Por sua vez, Marina trabalha muito bem a cada lance que elabora, inclusive agora quando se torna próxima, em uma situação tão complicada, do casal.

Falando de um aspecto mais geral, a série fez um movimento perspicaz, embora usando de meias-verdades, para falar sobre os bombardeios das potências ocidentais no Oriente Médio: Céline, quando indagada sobre o porquê não jogarem um míssil no terrorista irmão da enfermeira, responde que ele está em um hospital e que eles sempre ligam daí ou de escolas, ao mesmo tempo em que destaca o lugar do bombardeio pedido pelos sírios aos Estados Unidos como um reduto de rebeldes. Na prática, sabemos que não é bem assim. Ao mesmo tempo, as negociações entre ocidentais e sírios, por exemplo, demonstrando como se age nesse mundo de guerra e poder, são bem insinuadas, já que não é objetivo da narrativa investir nessas questões de modo aprofundado.

No mais, a trama dos irmãos jihadistas veio como uma faceta ainda mais instigante pra essa temporada, para entendermos como a inteligência, institucional ou rebelde, opera no mundo árabe, deslocando-se um pouco das centrais no Ocidente.

Episodio 2x5 2018-08-05 14:34:55

Não acho que teve um peso pessoal na decisão de Duflot sobre a demissão de Guillaume, mas poderia ter tido. Não pelos motivos que o diretor imaginou, mas porque houve uma manifestação de lealdade e amizade, para além do coleguismo e profissionalismo na agência. Talvez justamente porque tenham perfis muito parecidos e coloquem a vida dos agentes acima das missões. Duflot, por exemplo, não hesita em tirar Marina de campo, assim como cedeu qualquer resquício de orgulho para ouvir o espião demitido no caso de Raymond. Isso encaminha outro traço da série, de valorizar o treinamento da inteligência dos novatos, inclusive na boa disposição de Guillaume de, mesmo passando por dias desenganados, treinar Céline. Fica palpável que eles se mantêm no trabalho também porque adoram o que fazem, veem sentido pessoal e coletivo em tudo aquilo e desejam ver isso multiplicado.

Quanto aos jihadistas, é mesmo muito difícil superá-los ali, naquele campo. Acho que, num geral, subestima-se sua capacidade de organização e a montagem de sua própria inteligência, assim como suas redes de aliança e negociação. Quando tudo isso passar ou se estabilizar a estrutura política do Oriente Médio, teremos muito com o que nos surpreender diante das revelações desses aspectos.

Episodio 2x6 2018-08-05 19:06:03

Se Deep Blue sabia que os turcos tinham ficado com a irmã, a surpresa quando sabe de sua condição de refém é um deslize do roteiro. Assim como será um se a psicóloga deixar passar o grampo, já que sempre usa o detector após essas visitas nada casuais. Do mesmo modo, não entendo a necessidade de Guillaume de seguir como agente duplo e passar informações tão importantes sem pensar em um modo de filtrá-las. Inteligência não lhe falta, como é de conhecimento de todos.

O desabafo de Duflot é tocante, assim como a mágoa que certamente guardará, apesar de não ser rancoroso, como disse a Céline, de Guillaume, pela deslealdade. Lembra o clássico Javert em uma versão mais amena. A honestidade com a qual conduz suas relações com seus agentes faz dele um personagem bastante querido e é de se temer seu futuro ali, já que entrou em confronto direto com alguém importante para a CIA.


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